27 de dez. de 2011

Você sabia que seus amigos sentem sua falta tanto quanto você sente a falta deles?


A proximidade do final de cada ano nos deixa mais saudosos. Refletimos sobre tudo o que passou no ano e fazemos planos para o próximo ano. Também é normal se pegar lembrando dos amigos com quem não falamos há algum tempo. Para não assumir a responsabilidade por esse distanciamento, em geral falamos: "Poxa, faz tempo que não falo com o fulano! Tenho saudades dos bons tempos que passamos juntos. Mas se eu não ligo para ele, ele também não me liga!". E assim continuamos seguindo a vida, cada um na sua.

O que você talvez não saiba é que seus amigos sentem sua falta tanto quanto você sente a falta deles! Até arrisco dizer que os dois tiveram o sentimento ao mesmo tempo, mas ambos desistiram de fazer contato por preguiça, ou por medo de incomodar; ou  ainda por não achar que o amigo não sinta a mesma coisa. Ledo engano! Mesmo que a relação de vocês não tenha sido tão profunda, todo mundo gosta de relembrar um bom momento do passado. Seu contato pode florescer nessa pessoa todas as boas memórias daquela época - aonde ela morava, estudava, trabalhava, que lugares frequentava, quais amizades cultivava quando vocês se conheceram...

Um conselho que dou para você - Acredite na força da sua amizade! Ela é capaz de alegrar a vida da outra pessoa, mesmo que apenas por alguns minutos. Todos gostamos de ser lembrados. Mas só sentiremos esse prazer se o nosso pensamento se transformar em atitude; se a saudade for atenuada. Mas qual é a melhor maneira de fazer essa aproximação? São tantas que prefiro dar as dicas de quais são as maneiras que você não deve fazer.

Uma delas é o disparo em massa de mensagens de Natal e Ano Novo por e-mail ou pelo celular. É mil vezes melhor você mandar uma mensagem pessoal dizendo "E ai meu amigo, tudo bem contigo?" do que um lindo postal corporativo que não representa nada para a outra pessoa. É óbvio que o postal é mil vezes melhor do que não receber nada. Mas se coloque no lugar da pessoa que está sendo bombardeada por mensagens digitais. Ela pode pensar: "Bom, pelo menos ela se lembrou de mim. Mas quando será que ela vai realmente se importar comigo e me ligar pra colocar o papo em dia?". Ou pior, ela pode pensar: "Esse cara nunca fala comigo e nessa época ainda me enche com esses 'spams'? Cara chato!"

Outra maneira pouco indicada é usar e abusar das redes sociais. Não que seja proibido usar o seu Facebook, Google+, Twitter, LinkedIn, entre outros para transmitir seus votos de Feliz Natal e Feliz Ano Novo. Alguns dos seus amigos podem até curtir. Outros podem até responder, mas, de novo, é muito melhor você escrever algo direcionado para essa pessoa no seu mural. É como receber um simples "Parabéns!" quando se faz aniversário. Só pelo simples fato dos seus amigos terem sido lembrados, já os faz se sentirem prestigiados por você.

Entretanto, o mais importante é a aproximação. Um post não é tão bom quanto uma mensagem no celular. Um e-mail nunca será tão bom quanto um telefonema. Uma visita jamais será tão tocante quanto um abraço forte e apertado. Só assim os corações das duas pessoas ficam grudados e podem transmitir, mesmo que em silêncio, o quanto essa pessoa é importante para você!

Não podia deixar de aproveitar para desejar à você, seguidores do Network-4-Sales, um Ano Novo repleto de grandes realizações. Nunca se esqueça que sua rede de relacionamento, seu "networking", é um dos bens mais valiosos que você possui. Trate-os com muito carinho e os traga sempre perto do coração!

15 de nov. de 2011

Qual é a distância entre você e qualquer um dos 7 bilhões de habitantes da Terra?

Pelos dados históricos e estatísticos da ONU – Organização das Nações Unidas – 97% dos bebês nascem, hoje em dia, em países em desenvolvimento. A Índia concentra cerca de 21% de todos os nascimentos, o triplo da China e 10 vezes a quantidade do Brasil. Por isso, as projeções da ONU apontam que o habitante número 7 bilhões nasceu na província de Uttar Pradesh, ao Norte da Índia. Com pais analfabetos, o bebê "7 bi" é um menino nascido no último dia 31/10 às 11:51 horas no horário de Brasília.

Apesar de toda divulgação desse importante evento, não faz muito tempo que o menino Adnan Mević, habitante de número 6 bilhões chegou ao mundo, no dia 12 de Outubro de 1999 em Sarajevo, Bósnia. Entretanto, o que mais chama a atenção na chegada do bebê "7 bi" é que esse foi o período mais curto para a população mundial somar mais um bilhão de pessoas. Foram apenas 12 anos! A partir de hoje, esse período deve voltar a se alongar por causa da diminuição da taxa de fecundidade, que nunca foi tão baixa. Para se ter uma ideia, a humanidade levou milhares de anos para atingir o seu primeiro bilhão de habitantes.

Estima-se que o bebê "1 bi" nasceu em 1804, no mesmo ano que Napoleão Bonaparte coroou a si próprio como o primeiro imperador da França na Catedral de Notre-Dame em Paris. Naquela época, toda América Latina tinha apenas 24 milhões de pessoas, quase a população atual da Grande São Paulo. O mais impressionante é que em 30 anos, além de São Paulo, o número de cidades com mais de 10 milhões de habitantes saltou de 4 para 21, entre elas Tóquio (Japão) com 37 milhões, Nova Délhi (Índia) com 22 milhões e Xangai (China) com 16,6 milhões de habitantes.

Com essa grande concentração de pessoas em megalópoles, a distância entre indivíduos reduz drasticamente. Dá para imaginar que os 19,4 milhões de moradores da cidade de Nova York (EUA) estejam a poucos passos de distância entre si. Mas seria possível medir com exatidão qual é a distância entre os nova-iorquinos? Na realidade sim. E a resposta não deve ser maior que 6 apertos de mão entre todos eles. Foi daí que surgiu a Teoria dos Seis Graus de Separação. Para demonstrar essa teoria em 1967, o professor de Harvard, Stanley Milgran desenvolveu uma metodologia que pode ser aplicada até hoje.  

O professor Milgran escolheu aleatoriamente dois personagens comuns nos Estados Unidos. Uma estudante na cidade de Sharon e um corretor em Boston, ambos no Estado de Massachusetts, EUA. A partir daí, ele mandou cartas para pessoas também aleatórias em outras duas cidades dos Estados Unidos, Wichita no Kansas e Omaha em Nebraska. As cartas continham o nome, a foto e algumas informações sobre um dos personagens. Das 160 cartas enviadas, 42 chegaram aos destinatários. A média entre a origem e o destino foi de 5,5 pessoas, ou seja, eles estavam separados entre si por 6 passos.  A teoria foi testada diversas vezes até hoje e os resultados sempre ficaram próximo a 6 graus de separação.

O curioso é que, antes mesmo de virar alvo de pesquisas científicas, o escritor húngaro Frigyes Karinthy, escreveu o conto “Láncszemek” (Correntes) em 1929, onde já falava que todas as pessoas do mundo estavam a 6 passos de distância entre elas. O termo "Seis Graus de Separação", entretanto, só ficou famoso em 1991 quando John Guare escreveu uma peça de teatro para a Broadway, e transformou o roteiro posteriormente em um filme com o mesmo nome.

Se a teoria dos Seis Graus de Separação realmente for verdadeira, você está no máximo à seis apertos de mãos de qualquer um dos 7 bilhões de habitantes da Terra. Felizmente, não é todo mundo que vale a pena conhecer! Afinal, pelo axioma de Cole - "a soma de inteligência presente no planeta mantém-se constante; a população, no entanto, continua crescendo!"

31 de out. de 2011

Por que os judeus trabalham tão bem seu networking?

Se você já teve a oportunidade, como eu, de trabalhar com judeus, sabe quantos negócios são feitos entre os membros da comunidade judaica, uma das mais influentes e bem sucedidas em todo o mundo há décadas. No Brasil, temos inúmeros exemplos de grandes empresários que seguem a religião, filosofia e modo de vida do povo judeu. Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, e Silvio Santos (Senor Abravanel), fundador do Grupo que leva o seu nome, e que comanda o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) são ícones desse grupo. Mas o que nos chama mais a atenção é como a comunidade judaica trabalha de forma tão eficaz o seu networking! Para entender melhor como isso acontece, temos que analisar vários fatores. 

Um dos principais é a importância dada ao sobrenome. Ele é muito mais que um mero complemento do nome. O sobrenome para um judeu tem a mesma importância de uma marca para uma empresa. Associada ao sobrenome está toda a tradição de uma família por gerações. Um sobrenome, via de regra, está vinculado às conquistas e aos triunfos que os membros dessa família obtiveram na sua história. Se o patriarca, por exemplo, cria uma empresa do zero e a transforma em um grande grupo empresarial administrado por seus herdeiros, o sobrenome dessa família ficará associado para sempre com o nome desta empresa. Assim sendo, o crescimento contínuo desta empresa está relacionado diretamente à competência dessa família na gestão dos negócios.

Outro fator muito importante para o sucesso dos judeus é a perpetuação da família como entidade. Os homens têm a obrigação de dar continuidade a linhagem casando-se preferencialmente com mulheres da comunidade. A união entre judeus pode até parecer casamento arranjado, já que muitas vezes eles ocorrem entre famílias ricas e poderosas. Mas aí é que entra outro fator muito importante para o sucesso do networking entre os judeus – a concentração. Os integrantes dessa comunidade usualmente frequentam os mesmos lugares. Além disso, eles também vivem em bairros altamente povoados pelas famílias judias, como por exemplo o bairro de Higienópolis em São Paulo.

Agrupando todos os fatores acima, temos um fenômeno do networking que chamamos de “micromundo”. Nele, todas as pessoas estão interligadas por poucos graus de distância e são facilmente identificadas. Para ilustrar melhor como o micromundo judaico funciona, vamos utilizar um exemplo fictício.

David é o dono de uma rede de comércio varejista que pertence à família Goldenstein há 60 anos. Lilly, sua filha de 16 anos estuda no mesmo colégio que Isaac, neto do patriarca da família Rabinoff, que comanda um dos maiores conglomerados alimentícios do país. Todos moram no mesmo bairro em São Paulo e, por isso, frequentam a mesma sinagoga e o mesmo clube nos finais de semana. Nesse micromundo, a distância entre as famílias Goldenstein e Rabinoff é de apenas um grau de separação. Com tanta proximidade e com interesses comerciais complementares, é inevitável que ambos venham a se conectar. Essa conexão pode acontecer apenas comercialmente, com a empresa de alimentos fechando um contrato de fornecimento para a rede varejista. Entretanto, para garantir a continuidade e o sucesso dessa parceria comercial, o Sr. David Goldenstein pode incentivar que sua filha Lilly venha a se casar com Isaac no futuro breve.

Uma particularidade interessante desse micromundo é que os sobrenomes, como já dissemos, tem uma representatividade muito forte. Portanto, é muito fácil identificar os parceiros em potencial só de ouvir falar o sobrenome. Vamos ilustrar isso colocando mais uma pessoa no nosso exemplo anterior. O Sr. Moises Milsky, produtor de laticineos no Sul é cunhado de David Goldenstein. Entretanto, ele não vive próximo e nem frequenta os mesmos lugares. Mas em uma visita à David, conheceu Isaac Rabinoff, o futuro marido de sua sobrinha Lilly. Imediatamente, Moises demonstra interesse em se aproximar da família do moço com o objetivo de fornecer seus produtos. E é dessa forma que muitos outros negócios se tornam realidade entre os membros da comunidade judaica.

Mas quando se vive em um micromundo, disputas e interesses conflitantes poderiam prejudicar as relações. Pior, essas brigas poderiam ser amplificadas já que todos os habitantes desse “mundinho” estão muito próximos entre si. E é aqui que entra o último fator que garante o sucesso do networking dentro da comunidade judaica – o perdão! É ele o agente aglutinador de um povo que já sofreu muito com a intolerância e com o preconceito. É tão importante, que o Dia do Perdão, ou “Yom Kippur” em Hebraico, é considerado o mais santo do calendário judaico. É nesse dia que os judeus têm a chance de se desculparem pelos maus atos e de pedir perdão à pessoa contra a qual cometeu alguma injustiça. Se o pedido for de fato sincero todo mal que foi cometido anteriormente é anulado.

Além de nos ensinar muito sobre networking, os judeus nos deixam uma lição muito importante: “Perdoe o que você não pode esquecer! Esqueça aquilo que você não consegue perdoar!”.

4 de out. de 2011

CONVITE PARA A PALESTRA "NETWORKING APLICADO A VENDAS"

Estimado(a) colega,

Gostaria de convidá-lo(a) para mais uma palestra gratuita que apresentarei na Business School São Paulo (BSP) na Rua Jaceru, 247 - 8º andar, próximo ao Shopping Morumbi. O evento será na terça-feira, dia 18/10, às 20:15 horas, logo após a apresentação dos cursos oferecidos pela escola.

Essa será a quarta vez que realizo a palestra "Networking Aplicado a Vendas" na BSP. Conto com sua presença para repetir o sucesso das anteriores.


Nessa palestra você vai entender que em vendas, construir e manter sua rede de contatos é vital para o seu sucesso. Mas como encontrar os contatos corretos? Como estabelecer um relacionamento que transforme seu cliente em parceiro, potencializando suas vendas? Você descobrirá que seu cliente está mais perto do que imagina e que mantê-lo em sua rede de contatos traz tantos benefícios para você quanto para ele.
Favor confirmar a presença pelo site www.bsp.edu.br/eventos ou pelos telefones acima.

Até lá,

Luiz Sales

12 de set. de 2011

Sabe aquela pessoa que você está procurando faz tempo? Ela esteve ao seu lado e você nem reparou!

Você pode estar procurando um investidor bem sucedido para apostar no seu negócio. Pode estar em busca de um bom atleta para jogar no seu time. Sua procura pode ser por uma atriz talentosa para participar do seu grupo de teatro. Quem sabe não está à procura de uma boa banda para tocar na sua festa. Ou ainda, você está tentando encontrar uma mulher linda para se casar. Todo mundo sempre está procurando alguém!

Mas como encontrar essa pessoa em um mundo tão grande? Aonde procurar alguém com qualidades tão específicas? Acredite, essa pessoa está mais perto do que você imagina! Elas podem estar a poucos metros de distância. Você vai encontrar com ela essa semana e nem vai reparar. Ela pode estar no mesmo ambiente que você, cruzar olhares contigo e nada! Ela vai embora e você perderá a chance de encerrar sua busca diária.

Sabe o porquê de eu ter tanta certeza de que isso vai acontecer? Porque todos os dias nós estamos em contato com muitas outras pessoas. O problema é que nós normalmente não temos a menor ideia das qualidades que essas pessoas ao nosso redor possuem. Eu disse "normalmente não". Algumas vezes nós sabemos quem são as pessoas que encontramos e conhecemos bem quais são as qualidades dela. É só lembrar de todas as vezes que você encontrou com uma celebridade. Estamos tão acostumados a vê-las na mídia que até nos consideramos próximos à elas. 

Permita-me usar os meus exemplos para ilustrar como essas pessoas estão próximas de todos nós. Recentemente eu encontrei com o Luciano Huck no mesmo edifício de um cliente. Também já estive com o Ronaldinho Gaúcho em um restaurante e com o ex-zagueiro da Seleção Brasileira Roque Júnior na academia. Já me encontrei com a atriz Susana Vieira em hotel. Estive no mesmo voo que a banda Jota Quest. E também já encontrei com as beldades Deborah Secco e Ellen Rocche em aeroportos.

Então vamos supor que o Luciano Huck fosse o investidor bem sucedido que você procura para apostar no seu negócio. Imaginemos que o Ronaldinho ou Roque Jr fossem os atletas para jogar no seu time. Quem sabe a Susana Vieira não fosse aquela atriz que você busca para participar do seu grupo de teatro. E se o Jota Quest fosse a banda ideal para tocar na sua festa? Ou ainda, você pode sonhar que a Deborah Secco ou a Ellen Rocche fossem as mulheres que você procura para se casar!

Esses exemplos servem para ilustrar que as pessoas que você busca estão ao seu alcance. Mas é claro que nada é tão simples assim. Uma mulher não sai na rua com uma placa pendurada nos ombros com um lista de predicados de um lado e com as qualidades que ela busca em um homem do outro lado da placa. Um investidor também não anda por aí com um cartaz na mão dizendo - "Me apresente o seu projeto! Eu tenho o dinheiro que você precisa!"

Então, como poderemos saber quem é e onde está a pessoa que buscamos? A resposta está no seu networking! Quanto mais pessoas da sua rede de relacionamento souber exatamente o que você está procurando, muito maiores serão as chances de você encontrar quem está buscando. Afinal, você não conhece esses seus amigos tão bem para ter certeza que eles não são amigos próximos de pessoas com tantas qualidades quanto o Luciano, o Ronaldinho, a Susana, o Jota Quest, a Deborah ou a Ellen.

27 de ago. de 2011

Como o networking pode ajudar pequenas empresas a enfrentar as corporações gigantes?

Pense em qualquer segmento de mercado. Agora pense nas três melhores empresas desse segmento. Sem dúvida você pensou nas maiores do ramo. Não é à toa que as maiores empresas normalmente são as melhores. O tamanho delas impõe respeito e admiração. Isso, por sua vez, atrai os melhores profissionais; as melhores cabeças. Por consequência vem a inovação, a diferenciação dos seus produtos e serviços. E tudo isso é que gera nos consumidores o desejo de se tornarem clientes dessas empresas.

Essa fórmula existe praticamente desde a Revolução Industrial e não deve mudar tão cedo. Os fortes ficam cada vez mais poderosos e os grandes cada vez maiores. Quando as empresas menores não são compradas pelas grandes rivais, acabam perdendo escala e competitividade até sair do mercado pela porta dos fundos. Em um mundo tão competitivo, é muito mais frequente ouvir histórias de Golias derrotando Davi do que o contrário. Um exemplo marcante recente foi a fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e Ponto Frio e, posteriormente com a Casas Bahia.

Para reagir a esses movimentos, os concorrentes se apressam em buscar sócios e investidores que os mantenham na briga em condições de igualdade. Essa tem sido a estratégia utilizada no varejo brasileiro, por exemplo, pela Ricardo Eletro e Magazine Luiza. Essas grandes redes unem forças com o objetivo de ganhar massa crítica. Quanto mais lojas, maior poder de compra. Comprando mais, conseguem melhores condições comerciais. Melhores preços trazem mais competitividade e melhor lucratividade. E vendas sempre em alta fazem essa roda continuar girando.

Como esses gigantes oferecem uma grande variedade de produtos, sua chegada a um mercado praticamente aniquila, de uma só vez, vários tipos de comércios locais, tais como a mercearia, a padaria, o açougue, e até a loja de móveis. E como esses pequenos comerciantes podem sobreviver ao crescimento galopante dos “predadores” do mercado? A resposta está justamente no networking! Essa é a forma utilizada pelo VarejoInfo, grupo formado pelos proprietários de revendas especializadas em informática de várias regiões do País.


Com a entrada dos grandes varejos no mercado de informática, os fabricantes de hardwares e softwares passaram a privilegiar esses canais com melhores ofertas, preços diferenciados e políticas mais agressivas. Com isso, as revendas especializadas foram perdendo espaço e só não sairam definitivamente do mercado porque continuavam sendo atendidas por distribuidores. E foram justamente nos encontros promovidos por esses distribuidores que o networking entre os lojistas funcionou! Eles perceberam que sofriam com as mesmas preocupações e que, se não somam-se forças, todos teriam o mesmo final trágico. A amizade que surgiu entre esses empreendedores os levou a criar um grupo varejista para troca de experiências e informações para melhorar o desempenho de todos.


O grupo VarejoInfo, que se reúne desde Agosto de 2003, tem como critério que os associados não compitam entre eles. Por isso, cada uma das 12 redes varejistas integrantes atua em regiões geográficas distintas. Nesse ano as mais de100 lojas operadas pelos associados do VarejoInfo devem faturar juntas o equivalente a R$ 1 bilhão e empregam mais de 2.500 colaboradores. Mesmo atuando como empresas independentes, a tamanha expressão do grupo faz com que o VarejoInfo já figure entre os principais clientes dos maiores fornecedores de equipamentos de informática do País.

A exemplo do que aprendemos na infância nos contos “As Viagens de Gulliver”, os minúsculos habitantes do reino de Lilliput se unem para capturar Gulliver e depois se juntam ao gigante na busca pelo tesouro perdido na ilha deles. Casos de sucesso utilizando bem o networking mostram que é possível armar exércitos de pequenos e bravos empreendedores para enfrentar o avanço das grandes e poderosas corporações. É a união fazendo a força!

11 de ago. de 2011

Muito obrigado pelo prestígio! 3.500 acessos em um ano!

O blog do Network-4-Sales está completando um ano e acaba de ultrapassar a marca de 3.500 leitores desde a sua criação. As duas marcas são motivos de muita alegria e satisfação pessoal.

Tudo começou como um mural desprentencioso para compartilhar alguns conhecimentos sobre o Networking e suas variações, tal como o relacionamento interpessoal através das redes sociais. Atualmente o blog tem leitores assíduos, que colaboram com suas opiniões e críticas. Essa interação é o que me motiva a continuar compartilhando conhecimento e a me especializar ainda mais pelo tema.

Mais uma vez, muito obrigado pelo prestígio e que venha mais um ano e mais outros milhares de acessos!

Um forte abraço,

Luiz Sales

8 de ago. de 2011

Se a ocasião faz o ladrão, o que é preciso para fazer a corrupção?

Se você mora em uma grande cidade, já aprendeu algumas lições sobre como diminuir os riscos de ser roubado. Se esse não é seu caso, aqui vão algumas dicas. Não deixe em cima da mesa do bar objetos de valor, tais como celular, carteira ou câmera. Não coloque sua bolsa ou mochila no banco do passageiro, principalmente enquanto estiver em um congestionamento. Quando estiver no aeroporto ou em um hotel, fique atento à sua bagagem. No banco, evite contar e guardar o dinheiro sacado na frente dos outros clientes.

Aprendemos essas lições por experiência própria ou com pessoas que tiveram a infelicidade de se tornarem vítimas. Por isso, é muito melhor evitar a ocasião que facilita a vida dos ladrões. Eles sempre preferem agir na surpresa e atacar aquelas vítimas menos precavidas. Não é à toa que os turistas são as principais presas desses criminosos. Como vimos nos exemplos acima, a ocasião faz mesmo o ladrão. Mas o que teremos se, junto com a ocasião, houver poder, ou mais especificamente o desequilíbrio de poder? Nesse caso teremos a extorsão.

Aqui estão algumas situações típicas de ocasião somada a poder. Você é parado por um policial na estrada ou recebe a visita de um fiscal na sua empresa. A probabilidade deles encontrarem algo errado é enorme, principalmente porque esses profissionais tem o “dedo pobre”, ou seja, são treinados para tocar justamente naquele ponto que está irregular. Quando eles encontram a ocasião, eles passam a exercer o poder. Essa mistura inflamável resulta em uma multa exorbitante ou em um acerto de contas informal, também chamado de extorsão.

E o que temos quando somamos o networking à essa equação? Ai temos a corrupção! Basta analisar qualquer um dos escândalos que aparecem todos os dias nos noticiários, principalmente aqueles envolvendo políticos. Eles possuem sempre a mesma fórmula: ocasião + poder + networking = corrupção. Para que alguém seja corrompido, é imprescindível que exista o corrupto. Mas essas duas partes não se encontram por acaso. É preciso que exista uma rede de relacionamento que os interligue. Todo esse networking acaba sendo beneficiado quando algum “esquema” é colocado em prática.

Para entender como a equação da corrupção funciona na prática, vamos a alguns exemplos hipotéticos, meramente ilustrativos. Vamos supor que o Ministro dos Transportes não tem nenhum relacionamento com o proprietário da empreiteira que será contratada para construir uma estrada que ligará nada à lugar-nenhum. Entre os dois existem diversas pessoas. Do lado da contratante podem estar o Diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) e seus assessores. Do lado da contratada estão os executivos da empreiteira, além de seus fornecedores de insumos e de mão-de-obra. Não é preciso que todas as pessoas nessa estrutura sejam corruptas. Só é necessário encontrar as pessoas certas (não no sentido de pessoas direitas, honestas) que façam as duas pontas se encontrarem. 

Nos próximos anos o Brasil estará sediando os principais eventos esportivos do mundo. Para essas ocasiões serão necessários bilhões de reais de investimentos em obras públicas de infraestrutura, tais como ampliação de aeroportos, recuperação de rodovias, construção de ferrovias, como o trem-bala. As instituições, sejam públicas ou privadas, envolvidas com essas obras possuem o poder para realizar a contratação, coordenação, aprovação, implementação ou administração desses empreendimentos farônicos. Para que a corrupção surja basta que o networking dos envolvidos funcione com eficiência nos bastidores escuros do nosso País.

Como cidadão, todos nós temos o dever de fiscalizar àqueles que estão no Poder e a obrigação de denunciar, de tornar público, qualquer rede de relacionamento corrupta. Tirando essas duas incógnitas da equação da corrupção, resta apenas a ocasião, que só fará o ladrão. E se gritar “pega ladrão... não fica um, meu irmão!”

19 de jul. de 2011

É possível medir o grau de amizade entre vendedores e compradores?

Você não precisa trabalhar diretamente na área comercial para já ter ouvido um vendedor se gabando da amizade que ele mantém com os compradores da sua rede de relacionamento. É muito normal ver um vendedor enaltecendo o poder do seu networking com frases do tipo: "Essa compradora é muuuuito amiga minha!" ou "Aquele comprador é quase meu irmão!"

Ouvindo alguém falar desse jeito fica difícil de acreditar que alguém possa ter um relacionamento tão próximo assim na vida profissional, principalmente em um relacionamento comercial. Algumas vezes pode até ser verdade que vendedor e comprador mantenham algum nível de amizade fora do ambiente de trabalho, mas raramente esse grau de relacionamento é tão próximo quanto o vendedor afirma aos quatro cantos.

O fato é que um vendedor vive de relacionamento. Para ele não importa tanto que produto ou serviços ele está oferecendo e nem para que empresa ele trabalha. O mais importante é quantos compradores ele possui em seu networking e o quanto eles podem estar interessados no que esse vendedor tem a oferecer. Por isso, um profissional de vendas muitas vezes gasta mais tempo exercitando o seu networking do que fechando negócios. Pode-se dizer até que a segunda atividade é uma consequência direta do sucesso da primeira.

Mas será possível medir o grau de amizade entre vendedores e compradores? Se você gerencia uma equipe comercial e precisa definir quem do seu time terá a prioridade para atender uma conta, qual será o critério que você utilizará? Se mais de um vendedor se diz ser "super amigo" da pessoa que decidirá pela compra, como saber quem tem maior grau de relacionamento? Decidir pelo candidato errado pode arruinar definitivamente sua entrada naquele cliente, além de desmotivar os que não foram escolhidos.

Que tal criar um coeficiente que mensure esse grau de aproximação? Vamos atribuir a esse coeficiente a letra X, que medirá o AVeCo, sigla para a Amizade entre Vendedor e Comprador. Portanto, o X de AVeCo, ou simplesmente Xaveco, será nossa medida entre esses dois personagens fundamentais em todo relacionamento comercial. Assim fica tudo mais fácil! Se o João tem um Xaveco igual a 3, o Xaveco do Paulo está em 6 e a Márcia tem Xaveco = 7, fica decidido que será ela quem atenderá aquela conta por ter o maior grau de amizade com o tomador de decisão.

Em CNTP, ou seja, em Condições Nulas de Trapaças e Picaretagens, essa metodologia poderia ser aplicada sem medo de errar. Cada vendedor preencheria um questionário sobre os seus clientes e na hora você já conheceria o Xaveco de cada integrante da sua equipe ou do seu canal de distribuição. Supondo que a Márcia, do exemplo acima, foi escolhida pela sua empresa por ter Xaveco = 7 e o Alexandre, vendedor do concorrente, tenha o Xaveco = 3, significa que ela tem tudo para ganhar a negociação, mesmo com condições comerciais ou produtos um pouco inferiores.

Mas, infelizmente, nem toda negociação ocorre em CNTP. Uma empresa pode incluir nessa equação um outro componente importante - a Boa Lábia. O que poderia ser expresso apenas pelas iniciais BL será chamado de BoLa para melhorar a sonoridade e entendimento. A BoLa é uma componente que não depende do vendedor. Ela é quase um ingrediente secreto que certas empresas possuem, guardado a sete chaves, em lugares de difícil acesso. Somente as pessoas diretamente ligadas à negociação, incluindo aí os responsáveis pela empresa vendedora e o comprador, são os que sabem que a BoLa existe e quanto ela pesa na equação final.

Voltando ao exemplo anterior, graças a Boa Lábia da empresa de Alexandre com o comprador, Márcia perdeu a negociação! Somente depois ela veio a descobrir que seu concorrente trabalhou com BoLa = 6, enquanto que sua empresa tinha BoLa = 0 por acreditar que estava trabalhando em CNTP. Então, no resultado final Márcia e sua empresa tiveram Xaveco + BoLa = 7 contra uma nota 9 na soma do Xaveco de Alexandre e da BoLa do concorrente. Em resumo, mesmo com um vendedor não tão amigo do comprador e talvez nem com produtos tão competitivos assim, o pedido mudou de mãos!

Por isso, se você não quer ter preocupações com quem tem o melhor Xaveco, quem tem a maior BoLa e nem saber se as negociações serão feitas em CNTP, meu conselho para você é simples e direto - Pergunte ao comprador! Ele certamente vai facilitar a sua vida e vai dizer que pessoa dentro do networking dele possui a melhor nota final e, por isso, terá as melhores chances de fechar o próximo negócio!

28 de jun. de 2011

Quem foi o melhor vendedor de todos os tempos?

O mundo corporativo está repleto de casos de sucesso que poderiam conferir aos seus protagonistas o título de melhor vendedor de todos os tempos. Será que o merecedor desse título é a pessoa que criou os produtos ou serviços mais utilizados em todo o mundo? Seria ela uma das pessoas mais ricas do mundo?

Que mais se enquadra nesse perfil é Bill Gates, dono da maior e mais conhecida empresa de software do mundo. Gates e seu amigo Paul Allen fundaram a Microsoft em 1975 e em 2010 essa corporação teve valor de mercado de US$ 238 bilhões. A empresa comercializa uma grande variedade de programas, cujas marcas, por si só, já remetem ao sucesso, tais como Windows, Office, Internet Explorer, MSN, Windows Live, Bing, Skype, Xbox e Kinect. Todos esses produtos/serviços com certeza garantiram à Bill Gates o título de um das pessoas mais ricas do mundo, mas não lhe garantem o título de melhor vendedor de todos os tempos. O sucesso de seus negócios tem diversas explicações, mas jamais podemos atribuir esses excelentes resultados às habilidades de Bill Gates como vendedor.

Uma das melhores maneiras de medir o sucesso de um vendedor é pelo alcance que seu produto/serviço atinge. Mark Zuckerberg, por exemplo, já conseguiu atingir mais de 500 milhões de pessoas através do Facebook. Mas todos nós sabemos que o sucesso desta rede social não está relacionada às habilidades comerciais do seu criador e sim no poder de divulgação pelo networking dos seus usuários. Utilizando esse critério chegamos ao "produto/serviço" mais consumido na atualidade. Com mais de 2,1 bilhões de adeptos, o Cristianismo é hoje a religião com mais seguidores em todo o mundo.

Os Cristãos seguem os ensinamentos de Jesus, que são descritos nos livros iniciais do Novo Testamento da Bíblia Sagrada. Cerca de 300 anos depois da morte de Jesus, o Cristianismo tornou-se religião oficial do Império Romano. Através de pregações e ensinamentos constantes, o Cristianismo se expandiu para a Europa. A partir do Século 16, os colonizadores europeus acompanhados por missionários levaram a fé Cristã para as Américas e para várias regiões da África e da Ásia. Então, podemos afirmar que Jesus é o melhor vendedor do mundo por ter levado seus ensinamentos para um terço da população terrestre?

Na realidade, não! Jesus Cristo é o "produto" que vem sendo vendido por quase 2.000 anos. Seus ensinamentos de amor e paz são os "serviços" que todos os Cristãos consomem com vigor. Mas o principal responsável para que essa "venda" se iniciasse foi alguém que nem chegou a conhecer Jesus pessoalmente. O melhor vendedor de todos os tempos foi um judeu chamado Saul, nascido na cidade de Tarso alguns anos antes da crucificação de Jesus. Ele era descendente de hebreus e cidadão romano.

Saul foi criado como um fariseu, seguidor da Torá e das tradições judaicas. Ele começou a perseguir os seguidores de Jesus porque ele considerava que essa crença era incompatível com o Judaísmo. Mas como um "concorrente" de Jesus se tornaria o seu maior "vendedor"? Foi em uma viagem entre Jerusalém e Damasco que Saul teve uma visão de Cristo reencarnado. Depois dessa passagem, Saul se converteu ao Cristianismo e logo depois adotou seu novo nome Cristão - Paulo de Tarso.

Graças a sua origem e criação, ele era bilíngue (hebraico aramaico e grego) e possuía duas culturas (judaica e helenística/grega), tornando-o a figura de transição ideal para espalhar os ensinamentos de Jesus desde o começo na Palestina para o resto do império romano. Existem registros de três grandes missões de Paulo de Tarso por toda a região do Mediterrâneo, incluindo Espanha, Síria e a Ásia Menor. Ele utilizava das experiências da sua vida pregressa para enaltecer o Cristianismo às pessoas de outras religiões e culturas. Se fosse no mundo corporativo atual, Paulo teria utilizado os pontos fracos do seu emprego anterior para promover as qualidades do seu novo empregador.

Durante os anos de pregação, Paulo de Tarso escreveu diversas cartas com os ensinamentos cristãos, o que se tornariam mais tarde alguns dos livros que compõem o Novo Testamento, a segunda parte da Bíblia Sagrada. Dessa coleção de 27 epístolas, 14 delas tiveram sua autoria atribuída pelo menos parcialmente à Paulo de Tarso. Paulo foi perseguido pelo império romano por muitos anos até ser capturado e condenado pelo Imperador Nero à morte por decapitação. Mesmo depois de sua morte, seus seguidores continuaram a pregar o Cristianismo e o então Santo Paulo de Tarso, ou simplesmente São Paulo, os inspirou a continuar divulgando sua mensagens mundo a fora.

A Igreja Católica celebra nessa semana, no dia 29 de junho, o Dia de São Paulo junto com as comemorações de São Pedro por acreditar que os dois foram julgados e condenados na mesma data. E é nesse dia que se encerra o ciclo das celebrações dos santos juninos. Coincidência ou não, a cidade de São Paulo é o principal pólo econômico do País, local onde certamente está concentrada a maior parte dos vendedores do Brasil.

11 de jun. de 2011

Como o networking pode ajudá-lo a encontrar seu par perfeito?


Hoje é o Dia dos Namorados. Mais do que uma data com puro enfoque comercial, essa é a data que reservamos para expressar o amor pela nossa cara metade. Mas também é o dia em que as solteiras e solteiros se sentem mais desiludidos com as experiências passadas e desesperançados em encontrar o seu par perfeito. Tudo isso por causa do ambiente romântico que fica no ar, seja pelos casais apaixonados passeando pelo parque, ou seja pelas inúmeras campanhas que incentivam o consumo nos shoppings.

Se você está cansado de estar sozinho, saiba que o seu amor está mais perto do que você imagina. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Dr. Ailton Amélio da Silva, a grande maioria dos encontros acontecem em ambientes conhecidos. Segundo o psicólogo, 37% dos casais se conhecem em locais que ambos frequentam, tais como os ambientes de trabalho (escritório, relação profissional); instituições de ensino (faculdade, curso); atividade física regular (academia, grupo de corrida). Isso é explicado pela frequência nos encontros.
  
Curiosamente, menos de 5% dos encontros ocorrem casualmente, tais como na fila do banco, nos corredores do supermercado ou no trânsito. Ainda menos provável é encontrar seu par perfeito pela internet. Pela pesquisa do Dr. Ailton, os serviços de encontros virtuais respondem por menos de 2% das aproximações bem sucedidas. Você que curte uma balada, saiba que cerca 20% dos encontros acontecem nesses locais conhecidos como "paqueródromos".

A segunda maior probabilidade, entretanto, de se encontrar sua cara metade está na apresentação por conhecidos. Em 32% dos casos, o networking é o responsável por aproximar os casais apaixonados. Se usarmos a teoria dos Seis Graus de Separação, fica fácil de entender o êxito dessa forma de aproximação. Você deve ter, em média, pelo menos 30 amigos(as) solteiros(as). Considerando que essas pessoas também possuem 30 outras pessoas com esse mesmo estado civil, você pode ter acesso a pelo menos 900 pessoas em busca de uma paixão já no segundo grau de separação e cerca de 27 mil de corações apaixonados a três apertos de mão.  

Com tantos(as) candidatos(as) assim à par perfeito por aí, você se pergunta como o sua rede de contatos poderá ajudá-lo a encontrar a tampa da sua panela? A resposta está em quatro princípios da teoria do networking abaixo:

  • Saia da toca - todas essas pessoas estão bem próximas de você e a distância entre vocês é exatamente a mesma. Se elas não vêm até você, você terá que chegar até elas. Então, aumente sua exposição. Vá à festas, reuniões, encontros e à qualquer outro tipo de evento promovido por seus amigos.

  • Prefira os hubs - se os 30 amigos dos seus 30 amigos podem te expor para 900 pessoas interessantes, imagina se esses 30 amigos tivessem 100 amigos cada? Suas chances mais que triplicariam se você usar os hubs para encontrar sua alma gêmea. 

  • Saiba se vender - é importante deixar seus amigos sabendo que você está "no mercado" e que tipo de companhia você está procurando. Apesar de você não poder obrigar seus amigos a trabalharem como cupidos, o fato deles conhecerem bem seus interesses já é o suficiente para eles identificarem o(a) candidato(a) perfeito para você. 

  • Esteja no radar - não basta se vender bem, se você cair rapidamente no esquecimento dos seus amigos. As redes sociais são ótimas ferramentas para mantê-lo no radar dos seus amigos. E sempre que eles tiverem notícias suas, eles se sentirão estimulados a ajudá-lo(a).


Seja para encontrar um emprego, para incrementar suas vendas, ou para encontrar seu par perfeito, as teorias do networking podem te ajudar para encurtar as distâncias nesse mundo conectado em que vivemos.

6 de jun. de 2011

Quer vender seu peixe? O que você precisa para ser fisgado?

Quando você quer vender alguma coisa, a primeira atitude que toma é divulgar o tal bem para os clientes em potencial, seja uma propaganda tímida no boca-a-boca ou uma divulgação em massa no caderno de classificados do jornal. Agora, quando se trata de “vender o seu peixe” para o mercado, tem gente que não sabe dar nem o primeiro passo. Se você quer ser “fisgado” por uma boa oportunidade de emprego, aqui vão algumas dicas interessantes em forma de provérbios e ditos populares!

“Camarão que dorme, a onda leva” – não fique parado esperando um motivo para tomar uma atitude para melhorar sua exposição. Não espere até você estar cheio do seu chefe, frustrado com a falta de reconhecimento, ou insatisfeito com seu salário. Tome a iniciativa antes que a “onda te leve”. Porque aí você começa a pensar com a emoção e não com a razão. E isso normalmente te levará a tomar decisões equivocadas.

“A preguiça é a mãe de todos os vícios” – é comum o medo se disfarçar de preguiça. Então, você prefere encontrar uma desculpa para não tomar uma atitude. A mais comum é dizer que o trabalho te consome demais, e quando chega em casa está muito cansado e não tem ânimo para fazer nada. Saiba que ninguém vai fazer isso por você. Mexa-se!

“Quem não aparece, esquece” – para que o mercado saiba quem você é e o que você faz, é preciso tornar esta informação pública. Redes profissionais, como o LinkedIn e o Plaxo, são os equivalentes aos classificados de Domingo do mundo virtual. Essas redes são as minas onde os profissionais de recursos humanos garimpam bons candidatos todos os dias.

“Diz com quem andas, que eu te direi quem és” – sua rede de contatos é a principal ferramenta que você tem para se vender no mercado. Essas pessoas precisam conhecer seus planos e seu potencial. Convide-as para um encontro informal e abra o jogo. Aproveite a oportunidade para propor à elas que passem referências suas à diante.

“As palavras voam, a escrita fica” – você pode falar para os seus amigos em uma roda de bar que você está em busca de novos desafios, mas eles dificilmente se lembrarão disso na manhã seguinte. Para evitar que o assunto caia no esquecimento, envie um email formalizando suas intenções.

“Macaco que muito pula, quer chumbo” – não transforme a venda do seu peixe em uma obsessão. Lembre-se que vivemos em um mundo conectado e seus “pulos” podem ser notados pela sua empresa atual e você pode acabar “levando chumbo”.

“Quem muito fala, pouco acerta” – seja seletivo na sua divulgação. Não são todos os seus contatos que estão dispostos a ajudá-lo a impulsionar a sua carreira. Seja cauteloso, mas não medroso. Não peça emprego, peça um coaching!

“Goiaba na beira de estrada, ou é verde ou está bichada” – se você não for fisgado depois de um tempo vendendo seu peixe, é melhor mudar a estratégia. Se você insistir muito na divulgação, vai passar uma mensagem negativa aos profissionais do seu mercado, que passarão a duvidar da sua capacidade.

“Não há mal que perdure, nem dor que não se cure” – mesmo que a sua paciência com o emprego atual já tenha se esgotado, aguente firme e não desista de exercitar seu networking. Uma boa oportunidade chegará quando você menos espera.

Acredite – “No final tudo dará certo. Se ainda não deu, é porque ainda não chegou no final”!

1 de jun. de 2011

Quais são os riscos e benefícios de divulgar sua localização para seus amigos?

Uma nova mania está tomando conta das redes sociais. É a divulgação em tempo real para seus amigos do local onde você está. Isso tem acontecido graças ao crescimento dos aparelhos celulares com GPS integrado com os aplicativos de localização, tais como o Facebook Places (Locais) e o Foursquare.

Eles funcionam assim. Você acessa o aplicativo no seu celular e esse, por sua vez, aciona o GPS para obter sua localização geográfica. Suas coordenadas são transmitidas para uma base de dados, que retorna para o seu celular os locais cadastrados nas redondezas. Você clica no local que está e, após fazer o "check-in" no aplicativo, tem a opção de compartilhar a sua localização com seus amigos pelo Facebook e Twitter, adicionando ou não um comentário, conforme o exemplo abaixo:
Mas esses aplicativos não se limitam apenas a compartilhar as localizações com os amigos virtuais. Eles também servem como um guia portátil de serviços. Imagine que você está precisando abastecer o tanque do seu carro, mas não conhece as redondezas. Você acessa o Places e recebe na tela do celular a lista de postos de gasolina nas proximidades. Você também consegue acessar no Foursquare para saber as sugestões e críticas dos frequentadores de um local, como por exemplo, o petisco mais recomendado em um bar ou a qualidade do atendimento em um café.

Agora que você sabe os benefícios para quem utiliza esses serviços, a pergunta que fica é “para que você quer saber onde seu amigo está?”. Como toda novidade nas redes virtuais, os aplicativos de localização dividem opiniões. De um lado estão os curiosos. São aqueles que adoram saber por onde seus amigos andam e se interessam pelos ambientes que eles frequentam. Do outro lado estão os cautelosos, que acham que esse tipo de exposição desnecessária porque coloca a pessoa em risco.

É verdade que toda e qualquer exposição traz riscos. Se você não controla a privacidade das suas redes sociais e costuma divulgar sua rotina através desses aplicativos de localização, você é um forte candidato a sofrer um sequestro-relâmpago ou qualquer outro tipo de golpe aplicado por bandidos virtuais. Portanto, para não cair nessas ciladas, é altamente recomendado que você aumente o nível de privacidade das suas redes, permitindo o acesso apenas pelos seus amigos aos seus posts em geral.

Isso feito, você passa a aproveitar apenas os benefícios da divulgação da sua localização, principalmente para exercitar o seu networking. Quando você fica sabendo, por exemplo, que sua amiga está no mesmo shopping que você, pode combinar um encontro com ela. Em outra situação, quando você divulga os locais que visitou durante uma viagem, abre um canal de comunicação com colegas distantes que querem buscar mais dicas sobre esses locais. Se você compartilha que está tomando um voo, já deixa seus amigos no destino esperando um contato para agendar um happy-hour.

No final das contas, seja você um curioso ou um cauteloso, ninguém gosta de um amigo presunçoso, aquele que se acha o gostoso. A cada parada no dia ele faz questão de compartilhar sua localização com os amigos. Além disso não torná-lo poderoso, isso ainda é perigoso porque vai deixá-lo famoso para tudo que é criminoso.

Fonte: Postado no Facebook por uma amiga cautelosa e irritada com seus amigos presunçosos. :-)

20 de mai. de 2011

Afinal, falar sobre futebol é bom ou ruim para o seu networking?

Se você quiser provocar uma confusão em qualquer ambiente e a qualquer momento, basta jogar numa roda um assunto polarizante, seja sexo, religião, política ou futebol. Esses assuntos dividem opiniões desde que nos entendemos por gente. Nossas ideologias são quase uma herança genética dos nossos pais. Elas também surgem por influência das pessoas que exerceram um papel importante durante a nossa formação. Você pode ter seguido a doutrina católica, por exemplo, por influência dos seus pais. Pode ter formado sua orientação sexual pelas amizades do passado. Pode estar defendendo a posição política que está alinhada com as pessoas que você admirava na escola. E, em geral, você acaba torcendo para o time do coração da sua família.

Podemos observar, entretanto, que desses quatro temas, o futebol é o que provoca as discussões mais acaloradas. Isso acontece porque é o que nos polariza a mais tempo. Quem já não viu a foto de um bebê uniformizado com o time dos pais? Aprendemos com eles desde pequeno a torcer com fervor e a responder às provocações daqueles que torcem contra ao nosso time. Nossos filhos, afinal, são o reflexo do que vivem em casa. Essa paixão tende a crescer com o tempo à medida que passamos por emoções fortes com esse esporte, como as que aconteceram no final de semana passado.

As paixões futebolísticas estavam em ebulição em diversas partes do país com as finais dos campeonatos regionais, principalmente nas regiões onde poucas equipes dividem a preferência das torcidas. Para citar somente dois casos de rivalidades históricas que deixam essas emoções à flor da pele, tivemos Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentando na final do campeonato mineiro e, no Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional mais uma vez disputaram a final do gaúcho. Os torcedores de Cruzeiro e Inter se deram melhor e se encheram de orgulho pelas conquistas sobre o arqui-rival. Consequentemente, eles levaram para as ruas muitas provocações contra os derrotados.  

Mas será que essas “brincadeiras” inflamadas não podem prejudicar um relacionamento? Todos nós mantemos relações intensas com pessoas próximas, sejam familiares, amigos,  colegas de classe, marido-mulher, cliente-fornecedor, patrão-empregado, etc. Quando você chega no escritório, por exemplo, na segunda-feira pós finais e zomba dos seus colegas do trabalho, certamente terá reações bem diversas. Um colega mais apaixonado pela time vice-campeão pode se voltar contra você e deixar de colaborar com aquele seu projeto importante.

Quando levamos essas “brincadeiras” para o mundo virtual, as reações são potencializadas. As redes sociais são ambientes ainda mais explosivos para gozações entre torcedores. Só que você não pode esquecer que nesses ambientes estão presentes, ao mesmo, pessoas de diversos níveis de relacionamento, seja pessoal ou profissional, sejam colegas distantes ou amigos próximos. O fato é que a mensagem que você divulga na rede, chega à todos eles ao mesmo tempo. E quando isso acontece, você não tem como prever quais serão as reações à sua provocação. Portanto, é inevitável que seu comportamento interfira radicalmente nesses relacionamentos, seja para bem ou para mal.

Vamos a alguns exemplos. Se seu chefe está comemorando a conquista do seu time, pode ser um ótima oportunidade para fortalecer a sua relação com ele. Mas se a sua esposa torce para equipe derrotada, não é uma boa ideia brincar com os sentimentos dela. Se você e o seu cliente vibraram juntos com o fracasso de um adversário em comum, podem celebrar um contrato com mais facilidade. Mas se dois irmãos torcem para equipes adversárias e se provocam sempre que seus times se enfrentam, um dia a relação familiar se rompe indefinidamente.

Via de regra, quando as reações são positivas para o seu networking, elas trazem um grande prazer mas de curta duração. Mas quando são negativas, as consequências são muito desagradáveis, principalmente porque as mágoas duram mais e dificilmente são apagadas da memória. A verdade é que, seja uma reação boa ou ruim, nenhuma posição radical vale a pena quando o que está em jogo é o seu networking.

Lembre-se disso a partir deste final de semana, quando vai começar o maior e mais competitivo campeonato de futebol do mundo – o “Brasileirão” 2011. O torneio vai reunir as vinte equipes mais importantes do país que se enfrentarão durante 38 rodadas. Até Dezembro serão diversos confrontos que provocarão as mais diversas emoções. Estejam preparados para muitas brincadeiras por todo o país. Eu estou muito tranquilo. Afinal, na final, tenho certeza que meu time será o campeão! :-)

4 de mai. de 2011

Muito obrigado pelos mais de 2.000 acessos!

Nesta semana o blog Network-4-Sales completa 9 meses de existência. E o que me deixa ainda mais feliz é que acabamos de ultrapassar a marca de 2.000 acessos à página! Foram mais de duas mil leituras aos textos sobre networking.
 
Apesar de não me considerar um blogueiro, os números impressionam e me motivam a continuar compartilhando conhecimento com vocês. Para que se tenha uma ideia mais clara da representatividade dos números, seguem algumas estatísticas:
  • Foram 33 publicações em 9 meses. Isso dá uma média de 3,7 posts/mês;
  • Nesse instante temos 2.042 visualizações, o que representa uma média de 62 leitores por post;
  • Em um mês, a média de visitantes ao blog é de 227 leitores;

Vale lembrar que nesses números não entram os leitores que recebem os textos por email e nem aqueles que acessam o link, mas não rolam a página até o final do texto.

Pode não parecer muita coisa, mas para um blog que trata de um assunto específico, com publicações semanais e que nunca teve divulgação em massa, é uma grande conquista pessoal.

Gostaria de agradecer à todos que dedicam um pouco do seu tempo escasso para prestigiar esse blog. São vocês que me motivam a continuar com esse trabalho.

Muito obrigado pelo interesse e pela divulgação para sua rede de contatos.

Um abraço,

Luiz Sales

27 de abr. de 2011

Você imagina como a tecnologia poderá aproximar as pessoas daqui a 20 anos?


Muito se discute sobre os efeitos das redes sociais e sobre o impacto da tecnologia no modo de vida das pessoas na atualidade. A tecnologia desenvolvida para aproximar as pessoas através de comunidades virtuais vem definitivamente mudando a maneira como nos relacionamos. Há apenas 20 anos, nossos amigos eram apenas aqueles com quem nos encontrávamos pessoalmente com certa regularidade. Eventualmente telefonávamos para as pessoas mais próximas para colocar o papo em dia. Os mais tradicionais ainda trocavam cartas para ter notícias daqueles mais distantes.

Hoje em dia basta acessar o perfil dos seus amigos de infância no Facebook para ficar atualizado, ver as fotos dos filhos, saber que lugares eles frequentam, para onde viajaram, etc. Se estiver conectado com os colegas de faculdade pelas redes profissionais, como o LinkedIn, vai saber por quais empresas eles passaram e que cursos fizeram desde quando vocês se formaram. O melhor ainda é que essas redes sociais permitem a comunicação, muitas vezes em tempo real, com esses colegas de longa data. Toda essa tecnologia tem ajudado muito a nos aproximar daqueles que gostamos. Mas, se você parar para pensar, elas pouco têm contribuído para nos conectar com aqueles que ainda não conhecemos e que compartilham de muitos pontos em comum conosco.

Certamente isso vai mudar com o tempo, à medida que a tecnologia for evoluindo e novas ferramentas forem sendo desenvolvidas. Mas como será que a tecnologia poderá aproximar as pessoas no futuro? Se a forma como nos relacionamos mudou tanto em 20 anos, como será que vamos interagir em mais duas décadas? A maioria dos analistas do mercado de tecnologia afirmam ser uma tendência natural as redes sociais migrarem cada vez mais para os dispositivos móveis, tais como smartphones e tablets. Mas daqui a 20 anos esses aparelhos já serão peças de museu, assim como as redes sociais, tão badaladas nos dias de hoje. Para que você tenha uma visão mais real sobre a evolução desse universo tecnológico, convido você para uma viagem para o ano de 2031. Relaxe e aproveite o clima de reflexão!

A última década foi marcada por muitas transformações. Depois de muitos problemas de vazamento de dados pessoais e informações sensitivas pelas comunidades virtuais entre os anos de 2015 e 2020, os líderes das maiores potências mundiais se uniram e aprovaram a criação do Conselho de Comunicação Virtual (CCV) comandado pela Organização das Nações Unidas. Uma das prioridades da CCV foi tirar o controle de todas as redes sociais das mãos de empresas privadas e iniciar o desenvolvimento da sua própria comunidade virtual. Para isso, foi preciso unificar todos os perfis ou logins já existentes. Em 2025 surgiu um banco de dados universal chamado MUD, acrônimo de Mobile Universal Database. Como o próprio nome já diz, é um banco de dados universal móvel. Ou seja, o seu número no MUD está associado ao seu dispositivo móvel. Pelo projeto coordenado pela ONU, todo cidadão no mundo recebe um número de identidade global registrado no MUD ao atingir a minoridade virtual, aos 5 anos de idade.

Em 2027, a ONU orgulhosamente apresentou para o mundo a nova rede social desenvolvida pelo Conselho de Comunicação Virtual - a CORN, sigla em inglês para Centralized Organization for Relationship Network, ou em português Organização Centralizada para Redes de Relacionamento. A CCV estabelece que uma criança pode acessar a CORN, bem como qualquer outro conteúdo na Internet, com seu número MUD através do seu dispositivo móvel. Entretanto, a CCS controla que tipo de conteúdo será acessado até que completem a maioridade virtual, ou seja, aos 11 anos de idade.

Em meados de 2028 finalmente a ONU apresentou o vencedor do concurso que definiu o novo padrão mundial de dispositivos móveis. Um grupo formado pelos cinco maiores fabricantes dessa categoria desenvolveu um gadget eletrônico pequeno como um broche, bonito e leve como uma jóia, portátil como um relógio, e com mais recursos e mais poderoso que um computador. O nome escolhido para esse novo dispositivo foi PIG, outro acrônimo em inglês para Personal Identification Gadget. O PIG é conectado à Internet 5.0 de altíssima velocidade e sem fio, disponível em qualquer parte do planeta. O acesso é feito pelas redes das três operadoras globais de comunicação móvel por um custo irrisório, subsidiado pelos criadores do PIG. O novo dispositivo passou a ser produzido em massa no final de 2029 em vários países da África Central, novo polo industrial e logístico mundial.

No início de 2030 a figura finalmente está completa! Todo indivíduo na face da Terra com mais de 5 anos de idade possui o seu dispositivo móvel PIG com um número de identificação universal MUD e assim poderá acessar o CORN de qualquer lugar a qualquer hora. Mas como esse novo ambiente está influenciando a forma como nos conectamos? Como essas novas tecnologias têm mudado a forma como nos relacionamos? Vamos começar do começo.

Quando uma criança completa 5 anos de idade, os padrinhos organizam uma grande celebração e presenteiam seu afilhado com o seu primeiro PIG. O dispositivo vem carregado com todo o histórico daquela criança, desde as notas da escola até as informações do DNA. O aparelho também traz toda a árvore geneológica até a sua terceira geração e com todos os dados desses familiares, onde eles nasceram, viveram, estiveram e, principalmente, com quem se relacionaram durante toda a sua vida. Então, todos os parentes que estão carregados naquele PIG já estão automaticamente conectados a essa criança pela comunidade virtual CORN. Graças à tecnologia do PIG e à integração com o CORN, todos passos são acompanhados de perto por seus pais, padrinhos e quem mais esses permitirem o acesso ao MUD daquela criança.

Já na fase adulta, à medida que você vai fazendo novos contatos, seus números MUD são adicionados à rede CORN com apenas um toque no PIG. E a cada nova adição, o banco de dados do MUD já carrega o PIG com todas as preferências e histórico dessa pessoa. Com isso, é possível saber, já na hora da conexão, quantos e quais pontos vocês dois têm em comum. Mas um dos melhores recursos do PIG é chamado de Captive, que é a captura ativa do MUD de todas as pessoas que estão até 100 metros ao seu redor. Com esse recurso ativado, as preferências das pessoas nas proximidades são capturadas automaticamente.

Para você entender melhor o funcionamento, vou contar o que aconteceu comigo mês passado, em Março de 2031. Fui na festa de casamento do meu sobrinho em Florianópolis/SC. O meu PIG mostrou o grau de relacionamento de todos convidados e quem são os nossos amigos em comum. Como a velocidade de processamento do PIG é bem elevada e ele está conectado em tempo integral ao MUD, o meu gadget também mostrou os interesses em comum de todos os presentes. Além disso, o PIG armazenou os perfis do CORN de todos que entraram no meu campo de cobertura. Na semana passada, encontrei uma dessas pessoas na sala de espera do aeroporto em São Paulo e ontem em uma reunião de negócios em Recife/PE. Na hora que chegamos perto, o PIG me avisou que estivemos juntos naquela festa e me passou os pontos de interesse ou de contatos em comum para facilitar nossa aproximação.

Gostaram da viagem? Vamos voltar aos dias de hoje. Elevando exponencialmente a realidade aqui apresentada, é fácil concluir que o mundo daqui a duas décadas será ainda mais conectado e que estaremos muito mais próximos uns dos outros, seja em que parte do planeta estejamos. Não seria demais?!?! Eu, como entusiasta do networking e amante de tecnologia, ficaria muito feliz com esse novo mundo virtual. Tão feliz como um porco deitado na lama comendo um milho delicioso (ou em inglês, "As happy as a PIG laid down on the MUD eating a delicious CORN")!

11 de abr. de 2011

Quanto seu networking pode ser útil em uma nova fase profissional?


Alguma vez você já mudou de função na empresa? Trocou de departamento? Já teve a oportunidade de mudar de emprego? Foi para outra empresa do mesmo segmento? Ou foi para um mercado totalmente distinto?

Se você já passou por uma ou mais mudanças na sua carreira, sabe exatamente qual é a importância das pessoas com que você conviveu até então na sua nova fase profissional. Seu networking é fundamental para acelerar o processo de aprendizagem de sua nova função; para melhorar sua aceitação em um novo departamento; para abrir as portas em uma nova empresa; para encurtar caminhos em um segmento desconhecido; e até para ter suporte em uma nova empreitada.

É fato que você é quem você conhece! Ou seja, sua rede de relacionamento é a chave para o sucesso em qualquer etapa da sua vida profissional, tanto faz se você acabou de ser efetivado ao final do estágio ou se está assumindo a presidência de uma multinacional. Mas será que a importância da sua rede de contatos é a mesma, independente do nível de mudança que você promove na sua carreira? Vamos analisar alguns casos para responder essa pergunta.

Quando você trabalha em uma grande empresa, tem sempre a chance de se aplicar para uma vaga em outra área, departamento ou divisão. As empresas até estimulam esse tipo de movimento interno para motivar seus funcionários a continuarem se desenvolvendo profissionalmente. Eu já passei por isso três vezes na minha carreira. Em duas ocasiões, saí de uma área técnica para área comercial dentro da mesma empresa. No meu caso, meus contatos serviram muito para facilitar a aprendizagem e para me ajudar a abrir novas portas. Mas a mudança em si não serviu muito para ampliar minha rede de relacionamentos.

A experiência de mudar de emprego para uma empresa do mesmo ramo, por exemplo um concorrente ou um antigo cliente, é mais enriquecedora para o networking. Nessa situação você já conhece algumas poucas pessoas que te ajudarão na fase de integração, mas de resto tudo é novo. Todos os seus novos colegas de trabalho, seus novos clientes e parceiros são desconhecidos e orbitam em um outro universo. Essa nova rede de relacionamentos te trará inúmeras oportunidades inexploradas. Além de aprender uma nova cultura, você também conhecerá outras realidades. Logo você concluirá que existe vida fora da sua primeira empresa!

Outra situação não tão comum é a mudança de segmento. Eu tive a felicidade de fazer esse movimento três vezes dentro do segmento de tecnologia. Posso afirmar que é a melhor experiência profissional que se pode ter em relação ao aproveitamento do seu networking. Tudo é novidade! Produtos, cultura, políticas, e principalmente as pessoas com que você vai se relacionar. É um aprendizado diário e constante. Apesar de ser uma das decisões mais difíceis de se tomar profissionalmente falando, mudar de segmento traz muito mais vantagens que dificuldades. Vale a pena!

Mais corajosos ainda são os profissionais que decidem dar uma guinada na carreira e mudam radicalmente de mercado. Conheço alguns amigos que saíram do segmento de tecnologia para o mercado imobiliário, de alimentos & bebidas ou para o mercado de papel & celulose. Certamente esse movimento é o mais arriscado, e consequentemente é o que traz o melhor retorno quando se dá certo. Como diz o ditado "em terra de cego, quem tem um olho é rei!". Em outras palavras, executivos com bagagem em mercados altamente competitivos normalmente têm desempenho acima da média em comparação a profissionais em mercados mais tradicionais.  

Apesar de todos os benefícios, mudar de mercado não é a melhor opção quando se trata do aproveitamento do seu networking. Estar tão distante do mercado que você "nasceu e foi criado" não permite nenhuma sinergia com as pessoas que pertencem à sua rede de contatos até então. É dizer que você começará tudo do zero. Mas também é possível afirmar que, uma vez que você esteja bem estabelecido no novo mercado, terá um networking invejável!

Concluindo, toda mudança profissional é sempre bem-vinda e deve ser encorajada. Como disse certa vez o ex-Presidente americano Bill Clinton - "O preço por fazer a mesma coisa sempre é muito mais alto do que o preço da mudança".  Pense nisso quando estiver considerando seu próximo movimento profissional!

30 de mar. de 2011

O que as Redes Sociais têm a ver com os ataques à Líbia de Kadhafi?

No dia 14 de março de 2011 o Twitter completou cinco anos de vida com marcas históricas. Com pouco mais de 3 anos, essa rede social já tinha publicado um bilhão de mensagens (tweets). Mas desde que a empresa começou suas operações, ela não teve um papel tão relevante quanto na divulgação dos protestos contra os regimes autoritários do Oriente Médio e do norte da África.

Um mês antes de apagar as 5 velinhas, o Twitter, em conjunto com o Facebook, ajudaram a derrubar o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Muitos analistas e ativistas locais garantem que o político ainda estaria no poder se não fosse pela força dessas redes sociais. A queda de Mubarak, entretanto, não foi a primeira e felizmente nem será a última manifestação popular na região. Antes da crise no Egito, as redes sociais conseguiram derrubar o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali. Depois destes dois marcos históricos, os protestos se espalharam também por Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Síria, Arábia Saudita, Bahrein, Marrocos, Sudão e Omã.

Mas para entender como esses levantes populares contaram com a força da Internet, vamos analisar especificamente o caso do Egito. Há cerca de três anos, um ativista egípcio iniciou uma página no Facebook para apoiar os trabalhadores em greve no país. Desde então, a página já reuniu mais de 60 mil membros preocupados com problemas comuns à população egípcia. Outra página foi criada no Facebook em homenagem ao ativista e blogueiro Khaled Said, que teria sido espancado até a morte pela polícia local em 2010. Essas páginas tiveram a capacidade de mobilizar a população conectada à Internet a discutir publicamente, no mundo virtual, problemas que os afetavam na vida real, tais como liberdade de expressão, problemas econômicos do país e frustração com o regime de governo de Hosni Mubarak, que ocupava o poder havia cerca de 30 anos.

Esses manifestantes virtuais se uniram a pessoas reais das suas redes de contatos e no dia 25 de Janeiro de 2011 marcharam em direção à Praça Tahrir, no centro da capital Cairo e não sairam de lá por 18 dias. A Revolução no Egito, também conhecida como Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo, não teve precedentes na história do mundo árabe. Quando o governo percebeu que a mobilização egípicia era promovida pelas redes sociais, o então presidente mandou desconectar o Egito da Internet por vários dias, principalmente dos sites de relacionamento Facebook e Twitter. Mas a série de manifestações de rua, protestos e atos de desobediência civil continuaram no Egito até 11 de fevereiro de 2011, quando o vice-presidente egípcio Omar Suleiman anunciou pela emissora estatal de televisão a renúncia do presidente Hosni Mubarak.

O êxito do povo egípicio estimulou os países vizinhos e chegou à Líbia, país controlado pelo ditador Muammar Kadhafi há quase 42 anos. O terceiro país do mundo árabe a enfrentar uma onda de revolta popular, a Líbia teve os protestos iniciados no leste do país, onde a popularidade do ditador historicamente sempre foi mais baixa, mas precisamente na cidade de Benghazi, segunda maior do país. Da mesma forma como ocorreu no Egito, o governo líbio também ordenou o bloqueio da Internet tentando impedir os manifestantes de organizar novos protestos e também de mandar para o exterior notícias sobre os ataques violentos de Kadhafi contra a população local. Foram essas notícias disseminadas pelo Twitter e Facebook que influenciaram a opinião pública internacional.

Em 17 de março, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo imediato e autorizou o uso de forças militares contra o regime líbio. As operações militares, com EUA, Reino Unido, França, Itália e Canadá à frente, começaram dois dias depois. A dura repressão às manifestações provocou milhares de mortes, e a situação evoluiu praticamente para uma guerra civil. Diversos países, liderados pelos EUA, começaram a protestar e a exigir a saída imediata de Kadhafi. Os conflitos continuam e o ditador á disse que só sai do poder morto.

Apesar das redes sociais não serem as únicas responsáveis pelas revoluções, foram o instrumento de conexão e mobilização de pessoas com interesses em comum. Essas pessoas não teriam a mesma capacidade de informar, compartilhar e divulgar a insatisfação de um mundo reprimido. Como diz o ditado, “um pássaro só não faz verão”. E tem sido os cantos (tweets, em inglês) desses passáros todos juntos que têm escrito novos e revolucionários capítulos na história recente.