26 de dez. de 2010

Retrospectiva 2010: Como todos estão conectados: Tiririca -> Dilma -> Elias Maluco -> Capitão Nascimento -> Tiririca

Desde a criação do blog Network-4-Sales há poucos meses, já abordei os mais diversos temas, tais como política, cinema, crime organizado, etc. Nesses artigos sempre enfatizei como as pessoas estão conectadas entre si. Nesse artigo o desafio é fazer uma retrospectiva mostrando como todos esses temas também estão conectados entre eles. Para demonstrar isso, escolhi alguns personagens que se destacaram ao longo de 2010. Aqui você vai saber como o palhaço Tiririca está ligado à Presidente eleita Dilma Roussef; como esta pode ser ligada ao traficante Elias Maluco; como este ao Capitão Nascimento do BOPE e como este último se conecta novamente com Tiririca.

Começamos com Tiririca, o Deputado Federal eleito com maior número de votos nas últimas eleições. No artigo publicado aqui neste blog no dia 05/10 (O que está por trás do fenômeno Tiririca?) é explicado como funciona o chamado networking político. O candidato recebeu mais de 1,3 milhão de votos e, graças ao quociente eleitoral, levou para a Câmara dos Deputados outros três candidatos que faziam parte da coligação liderada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) com vários partidos nanicos.

Agora que você já sabe como o partido fundado pelo Presidente Lula usou essas manobras políticas para fortalecer sua base aliada, fica fácil entender como Tiririca está conectado à Presidente eleita Dilma Roussef. No artigo do dia 26/10 (Você já escolheu em quem votar para Presidente?) existe uma ilustração que mostra vários personagens do cenário político nacional e internacional que estão ligados ao presidente atual e à sua sucessora. O Deputado mais votado do país, claro, também está lá.

Assim como a presidente eleita Dilma, muitos dos seus aliados foram presos na luta contra a ditadura militar. Em 1979, alguns presos políticos da ditadura formaram a Falange Vermelha enquanto estavam encarceirados no presídio da Ilha Grande em Angra dos Reis/RJ. A Falange Vermelha foi a responsável pela criação do Comando Vermelho, uma das organizações criminosas mais poderosas do Rio de Janeiro. Entre os integrantes mais conhecidos desta facção estão Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Elias Maluco.

Elias Maluco é considerado ainda hoje um dos maiores traficantes de drogas e armas do Rio de Janeiro e do Brasil. Ele recebeu esse apelido pela crueldade com que assassinava seus desafetos. Ele é o principal acusado de seqüestrar, torturar e assassinar o jornalista Tim Lopes da Rede Globo. Antes de ser preso, Elias Maluco comandava o tráfico nas favelas do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, ambas invadidas recentemente pelo Batalhão de Operações Especiais – o BOPE. Nessa mega-operação conjunta com as Forças Armadas, o BOPE prendeu, entre vários criminosos, a esposa de Elias Maluco e o traficante Elizeu Felício de Souza, o Zeu, seu braço-direito.

No artigo publicado em 19/10 (Você já assistiu ao filme Tropa de Elite 2?) essa ligação entre criminosos e políticos é abordada usando como referência a sequência do filme do diretor José Padilha. Em ‘Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro’ é mostrada de forma clara como funciona networking do crime, a estrutura de poder chamada de “o Sistema”. O Capitão Nascimento, agora promovido a Tenente-Coronel, está bem no meio de um duelo político. Ao mesmo tempo que ele usa o BOPE para livrar a população dos traficantes, ele cria sem saber o poder paralelo das milícias, que controla as favelas e financia campanhas políticas com as arrecadações do moradores e comerciantes das comunidades no Rio de Janeiro.

Apesar do Capitão Nascimento ser um personagem fictício, o ator Wagner Moura se inspirou em um personagem real – o ex-comandante do BOPE Ronaldo Pinto, que em meados dos anos 90 estava cansado do Batalhão e procurava um substituto. Para o cargo elegeu Rodrigo Pimentel, que conhecera anos antes durante o Curso de Operações Especiais. Rodrigo Pimentel foi um dos roteiristas da cinesérie Tropa de Elite e hoje é consultor de segurança e comentarista social da Rede Globo.

E por falar em Rede Globo, quem leu o artigo publicado em 21/09 (Qual é a distância entre você e qualquer outro profissional que atua no seu mercado?) já sabe que poucos graus de distância separam pessoas que atuam no mesmo mercado. Esse seguramente é o caso do ator Wagner Moura, do comentarista Rodrigo Pimentel e do cantor e humorísta Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como o palhaço Tiririca.

Para quem duvida, vamos usar como ponto de partida o ilustre humorista Chico Anysio, que comandou por várias décadas na Rede Globo o programa humorístico ‘A Escolinha do Professor Raimundo’. A Escolinha reuniu alguns dos maiores nomes do gênero, entre eles Tom Cavalcante, que interpretava o bebum João Canabrava. Depois de sair da Globo, o humorista ganhou um programa próprio na Rede Record – o Show do Tom, que conta com a participação de Tiririca. E assim voltamos onde começamos!

Como me disse certa vez uma amiga: “O mundo é pequeno, redondo e gira todos os dias. As pessoas vão passar na sua porta mais de uma vez”. Espero que em 2011 eu consiga continuar compartilhando com você como todos estão conectados nesse mundo!

21 de dez. de 2010

Como você organiza seus contatos? Que tal fazer um inventário?

Esse “restim” de ano é um ótimo período para colocar em dia todas aquelas atividades pessoais que foram proteladas por meses. Já que você vai aproveitar essas duas últimas semanas para organizar sua vida, porque não também colocar em ordem sua rede de contatos. Essa é a melhor forma de manter seu networking sempre ativo.

Com a correria do dia-a-dia, sua agenda de contatos fica tão desorganizada quanto aquela gaveta da bagunça. Você promete para si mesmo que vai colocar a papelada em ordem, mas esse dia custa a chegar. Entretanto, nossas amizades e contatos profissionais não merecem ser tratados dessa maneira. Afinal, se você fizer isso, eles se comportarão exatamente como aquele documento que você jogou na gaveta da bagunça. Quando mais precisar dele, não vai saber aonde está.

E qual é a melhor maneira de organizar seus contatos? Minha sugestão é empregar a metodologia de inventário, que é utilizada por quem trabalha com grandes quantidades de informações, como é o caso dos profissionais de logística. Além desta metodologia, eles utilizam sistemas de controle que permitem que se encontre qualquer item no estoque rapidamente. Trazendo essas ferramentas para o controle pessoal de contatos, a solução então é criar um planilha de inventário de contatos.
Nas linhas dessa planilha estarão os nomes e nas colunas estarão todas as informações relevantes para a organização desse banco de dados. Abaixo estão algumas sugestões de campos para completar sua planilha de inventário: 
  • Grupo: é como você classifica os seus contatos, seja pelo parentesco com ele ou por onde o conheceu. Pode ser, por exemplo; Família, Amigo, Cliente, Faculdade, Trabalho, etc.

  • Endereço de email: é um dos dados mais úteis da planilha. Com ele, você poderá montar listas de distribuição de mensagens a partir dos grupos, utilizando filtros e outras ferramentas da sua planilha eletrônica. Assim você pode copiar os endereços da planilha e colar diretamente no campo de destinatário do email. Dica: se uma pessoa tiver mais de um endereço de email, crie uma linha para cada email repetindo o nome. 

  • Celular: apesar de você já ter essa informação na agenda do seu celular ou do computador, é recomendável que você mantenha um back-up nesse inventário. Além disso, essa informação é bastante útil se o seu computador tem algum aplicativo de envio em massa de mensagens curtas de texto (SMS). Não esqueça de incluir o código da operadora e o DDD antes do número. Assim você pode copiar da planilha e colar no disparador de SMS. Você pode também adicionar uma coluna com o número de telefone fixo residencial e outra profissional.

  • Empresa: é bastante útil quando você está gerenciando contatos profissionais. Se achar relevante, pode adicionar uma outra coluna com o cargo.

  • Outros campos: algumas sugestões de colunas que podem ser adicionadas são data de aniversário, idioma e link para os perfis das redes sociais. Vale até criar uma coluna com notas para identificar o nível de relacionamento que você tem com aquela pessoa.
Apesar de ser mais difícil o preenchimento, quanto mais colunas, mais útil será essa ferramenta para ajudá-lo a exercitar seu networking. Começar uma planilha do zero pode ser uma atividade desencorajadora, mesmo nessa época de calmaria. Por isso, o ideal é utilizar os recursos de importação de contatos disponíveis em algumas redes, tais como LinkedIn e Plaxo, como também no Microsoft Outlook. Em todos eles é possível enviar essas informações, já no formato sugerido acima, diretamente para uma planilha de Excel. Isso vai animá-lo a concluir o inventariado.
Vamos tomar as festas de final de ano como exemplo prático de uso do seu inventário de contatos. Você pode filtrar o grupo dos Amigos, imprimir a lista com seus telefones para lembrar de ligar para cada um deles no Natal. Pode também agrupar todo o pessoal do trabalho para enviar SMS no Ano Novo. Aplicando o filtro em Idioma, você pode enviar um cartão virtual por email para todos os contatos que falam inglês. Filtrando os Clientes, pode enviar uma mensagem corporativa com os votos de Boas Festas.
Fica aqui a dica para você começar o ano com seu networking bem organizado! E para aproveitar o espaço, gostaria de desejar a você que prestigiou o blog Network-4-Sales nesses primeiros meses um Natal abençoado e um Ano Novo repleto de paz, saúde, esperança e força para enfrentar os desafios de 2011!!!

13 de dez. de 2010

Você sabe como exercitar seu networking nas festas de confraternização?

Finalmente o ano está terminando! O fôlego está quase no final e todos precisam de uma pausa para recuperar as energias e encarar mais um ano cheio de desafios. Mas antes do merecido descanso você tem ainda que encarar aquela sequência de festas de confraternização – seja um almoço com clientes, um happy-hour com os colegas da faculdade, amigo secreto com a galera da empresa, entre outras tantas celebrações de final de ano.

Para muitas pessoas, o mês de Dezembro é sinômino de festa. Mas, na realidade, esse mês deveria ser sinônimo de networking! Afinal de contas, o que todas essas festas têm em comum é a oportunidade que você tem de exercitar seu networking. São nesses eventos que você tem a chance de dar um upgrade na sua rede de relacionamentos. Mas antes que você saia atirando para todos os lados, saiba como aproveitar melhor cada tipo de celebração:
  • Almoço: se você for o organizador do evento, saiba escolher o local. Evite ao máximo churrascaria rodízio. Quem já teve essa experiência, sabe que aquele papo interessante é interrompido a cada 15 segundos pelo garçon. Prefira organizar eventos com poucas pessoas e em restaurantes com boa infra-estrutura. A combinação inversa é desastrosa! Em uma ocasião, eu e cerca de 30 colegas de trabalho fomos ao restaurante mais requintado de uma cidadezinha no interior. O problema é que esse estabelecimento nunca tinha atendido um grupo tão grande. Enquanto alguns colegas ainda estavam comendo a entrada (croquete frito por fora e congelado por dentro), outros já estavam na sobremesa. Se isso acontecesse em um almoço com clientes, sua chance de fazer um bom networking seria nula. Outra situação desfavorável é acomodar o grupo em um mesa quilométrica. O encontro acaba virando um sem-fim de conversas paralelas entre grupos que já se conhecem bem. Ou seja, o objetivo de promover uma festa de integração vai por água abaixo. Sem falar nas brigas ao final do almoço para dividir a conta. Se o grupo for grande, prefira uma festa de confraternização.

  • Happy-hour: é a melhor alternativa para encontros informais de grupos pequenos. Excelente para rever amigos(as) de longa data. O melhor é que você mesmo pode organizar quantos e quando quiser. Que tal marcar um com os amigos do inglês, outro com o pessoal da academia, mais um com a galera do clube e mais outro com a turma que se formou contigo no colégio? É garantia de bom divertimento. Ao contrário, evite marcar um happy-hour com seu chefe ou com aquelas pessoas que você não suporta. Esses eventos são regados de bebidas alcoólicas e, por isso, o final do encontro não é tão feliz quanto sugere o nome. Também evite marcar um happy-hour com clientes. O ambiente normalmente é barulhento e ficar gritando com seu cliente não é uma boa prática. Além do que, falar de trabalho em lugares tão cheios nunca é recomendado. Nesse caso, prefira um evento privado.

  • Amigo secreto: também conhecido como amigo oculto, esse tipo de evento ganhou variações ao longo do tempo. No inimigo secreto, por exemplo, o sorteado recebe um presente depreciativo. Se o seu objetivo é fazer networking, fuja desses encontros. O mais provável é que você presencie um festival de “queimação de filme”. Em contra-partida, as festas de amigo secreto bem organizadas são ótimas para se aproximar daqueles colegas que você não teve muito contato durante o ano. Não fique apenas com aquele grupinho de sempre. Aproveite para conhecer novas pessoas e falar de qualquer assunto que não seja trabalho.

  • Evento privado: é muito comum em grandes empresas para reunir clientes especiais. Pode ser um jantar na casa de um executivo, uma degustação de vinhos, ou um curso de culinária em um espaço gourmet. Esses eventos tem o networking como objetivo principal e nem por isso são enfadonhos. Não é uma boa ideia promover eventos privados relacionados a esportes. Uma “pelada” contra o time do seu cliente pode machucar muito mais os relacionamentos do que as canelas dos adversários.

  • Festa de confraternização: também é comum em grandes empresas. Esse tipo de evento é uma verdadeira bomba-relógio, pois coloca no mesmo local pessoas de diversos níveis organizacionais da empresa e com culturas muito distintas. Essa mistura é potencializada com muita comida, bebida, esporte e lazer. O que começa como uma festa civilizada, com conversas agradáveis e muita diversão, termina inevitavelmente em baixaria. Se você quiser exercitar seu networking nesses encontros, chegue cedo e procure conversar preferencialmente com as pessoas com quem você não tem contato no dia-a-dia. É muito legal jogar tênis de mesa com a diretora de RH ou bater uma bola com o supervisor da produção. Essas atividades derrubam barreiras invisíveis e te ajudarão muito profissionalmente.
Independente da festa que você vai participar, tão importante quanto saber o que fazer é saber quando sair. Como ensinou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: “Em indivíduos, a insanidade é rara; mas em grupos, ela é a regra”. Então, saia enquanto a celebração não se transforma em papelão!

6 de dez. de 2010

Posso te contar um segredo? Você promete que não conta para ninguém?

Quando alguém te faz essas perguntas, você normalmente concorda em guardar o segredo somente para você, mas na prática sua resposta deveria ser: “Depende”! Afinal de contas, vai depender do grau de relacionamento que você tem com quem te contou o tal segredo e o nível de confiança que você tem com as pessoas com quem você poderia compartilhar essa informação posteriormente.

Por exemplo, o seu chefe te confidencia uma informação estratégica da empresa sobre um projeto que você será o principal responsável. Animado com o novo desafio, você não vê problemas em contar a novidade para a sua esposa. Ela, por sua vez, também não vê impedimento algum em comentar, com orgulho, com a irmã no salão de beleza sobre as conquistas profissionais do marido. O problema está na cadeira ao lado, onde está sentada a esposa do presidente da empresa concorrente. Esta não perde tempo e liga na hora para o marido para contar o segredo empresarial que ela descobriu por acaso.

No caso acima, apenas cinco graus de distância separavam os executivos das empresas rivais. E o vazamento de uma informação sensitiva pode ser suficiente para arruinar o negócio de uma corporação de forma irreversível. É justamente para evitar que isso ocorra que grandes empresas possuem políticas e treinamentos para os seus funcionários sobre como lidar com informações confidenciais. Mesmo assim, no mundo corporativo existem diversos casos de segredos industriais que chegaram às mãos da concorrência, sendo grande parte deles por descuido de quem deveria guardar esses segredos acima de tudo.

Por definição, segredo é: uma informação valiosa, mas que se for tornada pública pode comprometer algo ou alguém, geralmente não podendo ser revelada a determinadas pessoas. A revelação de um segredo pode até ser confundida com fofoca ou intriga. Mas quando o conteúdo dessa informação é realmente importante, sua divulgação pode colocar uma pessoa, uma empresa ou até mesmo uma nação em risco. Esse é o caso dos documentos confidenciais que vêm sendo divulgados pelo WikiLeaks.

Para quem não conhece, o WikiLeaks é uma organização sem fins lucrativos, formada por intelectuais, ativistas, jornalistas, programadores, dissidentes políticos, matemáticos e tecnólogos de várias partes do mundo. Essa organização publica documentos, fotos e vídeos de fontes anônimas com informações confidenciais vazadas (daí o nome Leaks) de governos ou empresas. O site foi lançado em dezembro de 2006 e menos de um ano depois já continha 1,2 milhões de documentos.

Apesar do nome, o WikiLeaks não tem o mesmo conceito de um wiki, como o dicionário online Wikipedia, onde seus leitores podem editar o seu conteúdo do site. No caso do WikiLeaks, para postar algo, o usuário deve utilizar um software de comunicação especial, que embaralha os dados antes do envio visando preservar a privacidade dos seus colaboradores.

Entre os segredos já divulgados pela organização está um vídeo feito em julho de 2007 que mostrava civis iraquianos sendo mortos durante um ataque aéreo das forças militares dos Estados Unidos. Em julho do mesmo ano, o WikiLeaks divulgou uma compilação de quase 77 mil documentos secretos do governo americano sobre a Guerra do Afeganistão. Na semana passada começou a publicar uma série de telegramas secretos de embaixadas e do Governo norte-americano. Todos esses documentos divulgados causaram desde pequenos constrangimentos até crises políticas internacionais.

O mais interessante do WikiLeaks é o networking oculto que só forma em torno dele. A organização foi fundada pelo australiano Julian Assange, que, em teoria, é o único nome conhecido dessa instituição. Mesmo tendo apenas um ponto de contato nominal, segredos de toda parte do mundo chegam até às mãos dessa entidade, seja por mensagens encriptadas ou por contato pessoal com um dos membros ocultos dessa organização espalhados pelo mundo. Também de forma oculta, se forma uma rede de espiões, colaboradores anônimos que quebram os sigilos de orgãos governamentais. Acredita-se que muitos deles sejam “insiders”, funcionários dessas próprias instituições.

Por isso, antes de contar um segredo, saiba que dificilmente ele não será passado adiante. Como disse certa vez o inventor Benjamin Franklin – “Três pessoas podem guardar um segredo somente se duas delas estiverem mortas”.