18 de set. de 2013

Sabia que o mundo todo é uma ilha?


Imagine que você vive em uma cidade com cerca de meio milhão de habitantes, onde quase a metade deles é nativa desse local, que foi elevado à cidade há menos de 200 anos, ou seja, está ainda nas primeiras gerações dessa população nativa. Esse grupo, nada modesto em tamanho, se concentra em regiões específicas e por isso freqüentam as mesmas instituições de ensino, clubes desportivos, restaurantes e eventos ao longo de toda uma vida. Agora imagine que esse grupo vive em uma ilha, limitando ainda mais a entrada de novos membros nesse seleto grupo.

Essa situação imaginária existe! Estamos falando de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, uma das cidades mais charmosas do Brasil. O que os milhares de turistas que visitam a "ilha da magia" não sabem é que a população nativa é composta predominantemente por funcionários públicos e comerciantes, muitos de descendência açoriana, que são os responsáveis pela origem do sotaque característico da população florianopolitana. Uma parcela crescente dos habitantes da Ilha de Santa Catarina já é de "forasteiros" que vieram de outras partes do Brasil e do mundo para tentar a sorte enquanto desfrutam de uma qualidade de vida invejável. 
 

Para a metade nativa que vive dentro dessa sociedade, a impressão que se tem é que o mundo é realmente uma ilha, onde todas as famílias se conhecem por gerações, seus integrantes interagem constantemente desde muito cedo e, como consequência, acabam se ajudando em oportunidades profissionais e pessoais ao longo da vida, fazendo com que todos prosperem. Essa é, basicamente, a mesma essência que faz com alguns judeus ocupem posições de destaque nos cenários empresarial e econômico mundial, como já exploramos aqui no Network-4-Sales. 

Essa impressão de que o mundo inteiro é uma ilha não é equivocada. Nas teorias de networking esses grupos são chamados de micro-universos. Eles podem ocorrer em qualquer outra localidade do mundo, como na minha cidade natal, Santos, no litoral paulista, que além de ser uma ilha, também possui uma elite dominante à frente dos negócios locais. Mas não são apenas nas ilhas que esse fenômeno ocorre. Os micro-universos podem se formar em qualquer grupo fechado de pessoas, seja social, cultural, organizacional, profissional, etc. A característica comum a todos esses grupos é que seus integrantes são facilmente identificados e acessados por seus iguais. 

Voltando ao micro-universo de Florianópolis, é possível afirmar que qualquer nativo está no máximo a 3 graus de separação do cidadão mais ilustre da capital catarinense, o tenista ex-número 1 do mundo, Gustavo "Guga" Kuerten. Também nesse mundo banhado pelo Atlântico tive o prazer de conhecer outro entusiasta do networking - o consultor comercial Daniel Homem da Luz, que além de ser um hub dentro da elite Catarinense, também faz parte do micro-universo de executivos de telecomunicações no Brasil. Por conta disso, estávamos separados a apenas dois graus antes de nos conhecermos pessoalmente. À propósito, agora estou à dois graus de separação do meu ídolo Guga, que está dentro da rede de relacionamento do Daniel. :-)

Podemos demonstrar como vivemos em um mundo conectado usando mais uma vez o Guga como ponto de referência. Parte da minha família vive na mesma região da ilha onde Guga tem casa. Portanto, existem grandes chances de eles terem vários amigos em comum. Em outras palavras, mesmo que você não faça parte de nenhum micro-universo, você estará conectado a qualquer outra pessoa do mundo, por mais de um caminho, no máximo a 6 graus de separação. Mas se o seu mundo for do tamanho de uma ilha, suas relações serão do tamanho do mundo!

2 de set. de 2013

Sabe como os smartphones estão reduzindo a distância entre as pessoas?


Os dispositivos móveis inteligentes, mais conhecidos como smartphones, são dotados de inúmeras funções e potencializados por um sem-fim de aplicativos. Entretanto, se pudéssemos comparar o smartphone com um animal, ele seria um pato. O pato tem asas, mas não voa como uma gaivota; tem nadadeiras, mas não nada como um pinguim; tem pernas, mas não corre como um avestruz; tem penas, mas não são bonitas como de um pavão; tem bico, mas não come como um pelicano; e a carne do seu corpo não é saborosa como a de um peru. O aparelho dito "inteligente" tem aplicativos de produtividade, mas não funcionam como um computador; tem câmera, mas não tira fotos e nem faz vídeos como as profissionais; tem músicas, mas não toca como um sistema de som; tem GPS, mas não é tão eficiente quanto um navegador; tem jogos, mas não tem os recursos de um videogame; e assim por diante.

Apesar de não ter o melhor de cada dispositivo, é o único que reúne todos esses recursos em um equipamento portátil. Por tudo isso é que os smartphones são os mais novos objetos de desejo dos consumidores de todas as classes sociais brasileiras. O Brasil já é o quarto país do mundo em número de smartphones no mundo. São 70 milhões desses aparelhos multifuncionais nas ruas. Ter um smartphone chega a ser uma questão de sobrevivência, principalmente para quem depende de mobilidade no seu trabalho. A conectividade oferecida por esse dispositivo confere aos usuários mais facilidades na rua do que dentro da empresa, onde existem limitações de uso dos computadores impostas pelas corporações.


Para ter uma ideia de como esses "aparelhinhos" reduziram a distância entre as pessoas no mundo, vamos analisar a realidade entre hoje e 50 anos atrás. Na década de 1960 as pessoas interagiam com frequência apenas com quem fazia parte do seu estreito círculo de amizades. Os amigos mais distantes só eram contatos por telefone fixo, cujas chamadas eram caras e a comunicação era precária em muitas regiões. As cartas eram, então, uma das poucas opções de contato viável com quem estava longe. Em uma semana típica, uma pessoa interagia com no máximo 100 pessoas diferentes. Vale ressaltar que naquela época o mundo era menos populoso. Tinha somente cerca de 3 bilhões de habitantes, menos da metade do que temos atualmente.

Hoje em dia, um usuário de smartphone consegue facilmente interagir pelas redes sociais com mais de 1.000 pessoas do seu network cada vez que posta uma foto pelo Instagram, que é automaticamente replicada pelo Facebook, Twitter, Flickr, Tumblr e Foursquare. Em uma semana qualquer, esse usuário consegue interagir com mais de 10.000 pessoas, ou seja, pelo menos 100 vezes mais que há 50 anos atrás. Essa conectividade faz com que a distância entre os 7 bilhões de habitantes no mundo de hoje seja cada vez menor e o networking se torna cada dia mais fácil!

A cada dia surge um novo aplicativo que estimula a interação entre pessoas através dos smartphones. Além das redes sociais, tais como Google+ e LinkedIn, que fazem com que os membros estejam constantemente em contato, existem ainda outras ferramentas que visam ampliar o alcance da sua rede de relacionamento. Através do smartphone, um blogueiro pode divulgar o seu trabalho pelo Blogger, maior provedor de serviços de blog. Pelo smartphone um usuário pode ainda postar um vídeo no YouTube e alcançar milhões de outras pessoas. Outro aplicativo popular nos smartphones é o Waze, rede social onde os participantes colaboram entre si para passar dicas de trânsito. Essa interação permite que você conheça pessoas novas que estejam no seu caminho, conversando com elas pelo próprio aplicativo no aparelho.

Esses dispositivos são tão inteligentes, mas tão inteligentes, que funcionam até como telefone. Aliás, se não estivesse no nome do aparelho, era capaz dos usuários de smartphone se esquecerem disso.