28 de set. de 2010

Será mesmo que todas as pessoas no mundo estão distantes por no máximo 6 apertos de mão?

Você já deve ter ouvido falar na Teoria dos Seis Graus de Separação ou de Distância. Ela diz que todas as pessoas no mundo estão separadas por apenas seis graus ou, mais concretamente, por até seis apertos de mão. Como toda teoria, sua constatação é sempre questionável. Você acredita que está conectado a qualquer pessoa no mundo, por mais ilustre ou poderosa que ela seja? Se essa teoria fosse verdadeira, porque essas pessoas parecem estar tão mais distantes? Conheça melhor o que está por trás desse estudo e tire suas próprias conclusões.

Tudo começou em 1929 com o conto “Láncszemek” (Correntes) do escritor hungaro Frigyes Karinthy. O que era apenas uma ficção no início foi demonstrada pela primeira vez em 1967 pelo professor de Harvard, Stanley Milgran. No seu estudo, Milgran escolheu uma estudante na cidade de Sharon, Massachusetts e um corretor em Boston. Ele enviou 160 cartas para pessoas aleatórias nas cidades de Wichita no Kansas e Omaha em Nebraska. A carta tinha o nome, a foto e algumas informações sobre um dos dois destinatários. De todas as cartas enviadas, 42 chegaram ao destinatário. A média observada entre a origem e o destino foi de 5,5 pessoas, ou seja, eles estavam separados por 6 graus de relacionamento. Vários outros estudos já foram conduzidos até hoje e o resultado foi sempre o mesmo – seis graus de separação. Esse termo, entretanto, só ficou famoso em 1991 em uma peça de John Guare na Broadway, que depois virou filme.

Mas será que o mundo é tão pequeno assim? Vamos estudar o exemplo da minha tia Ana. Ela tem 65 anos, é advogada aposentada, mora em Peruíbe/SP e joga tranca algumas vezes por semana com um grupo pequeno de amigos. Vamos considerar que minha tia Ana tenha ao todo 50 amigos, e que essa seja a média de amizades da população mundial. Os amigos da minha tia Ana, seguindo essa média, também têm 50 amigos. Ou seja, no grau 2, a tia Ana conhece 2.500 pessoas. No grau 3, são outros 50 amigos de 2.500 pessoas, totalizando 125.000 amigos. Outros 50 amizades no grau 4 e chegamos a 6 milhões e 250 mil pessoas. Os amigos no grau 5 já somam 312,5 milhões de pessoas. E finalmente, com 6 graus de separação, são 15 bilhões e 625 milhões de amigos. Se o Planeta Terra tem atualmente 6,8 bilhões de pessoas, concluimos que minha tia Ana conhece todo mundo (duas vezes) com seis apertos de mão!!!

É claro que muitos desses 50 amigos são comuns entre si. Mesmo assim, ter 50 amigos é muito pouco para a realidade de muitos de nós. Mas todas as pessoas no mundo estão mesmo tão próximas de nós, porque não as alcançamos? É uma simples questão de interesse e força de vontade. Se você realmente quiser ter contato pessoal com alguém, isso é possível e mais fácil do que se imagina.

Vou citar o caso que meu colega Homero Ventura compartilhou comigo. Como todo Beatlemaníaco, Homero sempre sonhou em conhecer o Paul McCartney. Analisando a sua rede de contatos, ele descobriu que estava a 5 graus de distância do artista. Um grande amigo de Homero (grau 4) tem uma prima (grau 3) que se casou com o empresário (grau 2) de Paul McCartney (grau 1). Ele teve a cara de pau suficiente para pedir ao amigo o telefone dela, e conseguiu marcar um jantar com ela e o marido na casa deles em Londres. A amizade feita com o empresário de Paul nesse encontro o deixou a apenas dois graus de distância do seu ídolo. Infelizmente o jantar não rendeu o esperado encontro, mas pelo menos o Homero só precisa de apenas mais um aperto de mão até Paul.

Curioso com o resultado do primeiro caso, Homero também descobriu pela sua rede de relacionamentos que outra personalidade também está a dois graus de distância dele. O seu primo foi diretor de redação de um grande jornal de São Paulo e se tornou amigo pessoal do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton na primeira visita dele ao Brasil. Se você pensar a quantidade de outros ilustres e famosos ligados a Clinton, pode-se dizer que Homero está a 3 apertos de mão de grandes personalidades mundiais, tal como Barack Obama e Hilary Clinton.

Então eu posso concluir que, por conhecer o Homero, estou a apenas 3 graus de separação de Paul McCartney e de Bill Clinton. Mas já estive muito mais longe. Afinal só conheci o Homero pelo relacionamento profissional dele com a minha esposa. Dá para concluir então que você consegue encurtar distâncias a medida que aumenta sua rede de contatos, sejam pessoais ou profissionais.

Depois de conhecer melhor a Teoria dos Seis Graus de Separação, você concorda que todas as pessoas no mundo estão distantes por apenas 6 apertos de mão? Se sim, deve ter algum caso parecido ao do Homero. Você sabe a quantos graus está dos seus ídolos? Se você conseguiu chegar até eles, foi tão difícil assim estabelecer esse contato? Convido você a contar sua experiência de networking aqui. Compartilhe seu caso conosco!

21 de set. de 2010

Qual é a distância entre você e qualquer outro profissional que atua no seu mercado?

Todo e qualquer mercado profissional é composto por pessoas que não estão tão distantes entre si quanto imaginam. Por maior que um segmento empresarial possa parecer, a quantidade de profissionais que atuam nele é bastante reduzida. Escolha qualquer mercado – o de tecnologia, o do agronegócio, o petroquímico, o da política, o meio artístico. Seja qual for o mercado em que você atua, pode ter certeza que os demais profissionais nele presente estão a poucos apertos de mão de você.

Vamos explorar o futebol brasileiro como exemplo. Qual é a distância entre o Pelé, maior jogador de todos os tempos, e o atacante Leandro Amaral, que já atuou nos principais clubes paulistas e cariocas e joga atualmente no Flamengo? Eles estão separados por apenas uma pessoa, Carlos Alberto Parreira. Preparador físico na Copa de 1970, Parreira trabalhou com os craques que conquistaram o tri-campeonato mundial para a Seleção Brasileira de futebol. Depois de quase 40 anos de profissão, Parreira comandou o Fluminense no ano passado, que tinha Leandro Amaral no ataque.

Se você analisar o currículo profissional de Carlos Alberto Parreira, dá para imaginar a quantidade imensa de profissionais desse esporte com quem ele tem contato direto. Além de preparador físico da seleção brasileira nas Copas de 1970 e 1974, dirigiu em Mundiais as seleções do Kuwait, dos Emirados Árabes, do Brasil e da Arábia Saudita. Em 2003, reassumiu a seleção brasileira. Trabalhando bem próximo à Parreira, por mais de 4 décadas, está Mário Jorge Lobo Zagallo. Como jogador, Zagallo disputou duas Copas do Mundo e como treinador, foi o único a dirigir o Brasil em três Copas. Também foi coordenador da seleção em 1994 e em 2006. Pela bagagem que esses dois profissionais tem nesse mercado, podemos afirmar então que todos as pessoas que trabalham com futebol profissional no Brasil não estão muito distantes entre si.

O mesmo podemos afirmar do mercado da teledramaturgia brasileiro. Nessa semana foi comemorado os 60 anos da TV no Brasil. Uma festa realizada no sábado passado em São Paulo reuniu grandes nomes do meio artístico. Entre eles, o grande ator, diretor e dublador Lima Duarte, que trabalha nessa indústria desde o início. E qual seria a distância desse ícone das telenovelas para o canastrão Márcio Garcia. Essa é fácil. Eles estão diretamente ligados. Márcio interpretou Bahuan na novela global Caminho das Índias em 2009, que era filho de Shankar, personagem de Lima Duarte. Então também podemos afirmar que, virtualmente, todos os profissionais da teledramaturgia estão ligados entre si por apenas poucos apertos de mão. Claro que sim!

No Brasil não temos um banco de dados tão completo e organizado como nos Estados Unidos. O site The Internet Movie Database (www.imdb.com) guarda o histórico de todos os filmes já rodados naquele país e os atores que neles atuaram. Com essas informações, é possível conhecer com exatidão qual é a distância que separa qualquer profissional de Hollywood. Por exemplo, qual seria a ligação do mestre do suspense Alfred Hitchcock e o ator Kevin Bacon? Hitchcock trabalhou em “Show Business at War” em 1943 com Orson Welles. Este atuou no filme “A Safe Place” de 1971 com Jack Nicholson, que contracenou com Kevin Bacon em “A Few Good Men” em 1992.

Kevin Bacon, por sinal, é o melhor exemplo de como todos estão ligados entre si no mundo chamado Hollywood. Em uma brincadeira, três estudantes do Estado Americano da Pennsylvania em 1994 tentaram provar que o ator Kevin Bacon era o centro do universo hollywoodiano. Utilizando o banco de dados do IMDB, eles conseguiram provar que mais de um milhão de atores, de qualquer estilo de filmes e de todos os tempos, estavam de alguma forma ligados a esse ator inexpressivo. Essa brincadeira ganhou projeção nacional e logo virou um site chamado de Oráculo de Bacon (http://oracleofbacon.org). Nesse site você consegue simular todas as ligações possíveis e até as inimagináveis.

Foi então criado o conceito do Número Bacon, que é a média com que cada profissional do cinema se ligava a este ator. O número de Kevin Bacon é 2,970. Isso significa que, na média, ele pode chegar a qualquer um dos mais de um milhão de atores com no máximo três contatos. O Número Bacon demonstra fatos curiosos. Mel Blanc, cujo nome é totalmente desconhecido do grande público, tem muito mais atuações que Bacon. Ele era a voz dos mais conhecidos personagens de desenho animado, tais como Pernalonga, Pica-pau, Patolino, Gaguinho, Tom & Jerry, Barney Rubble, Capitão Caverna, Taz, Hardy, etc. Mel tem o número 3,208, ou seja, está quase a mesma distância de Bacon dentro desse universo. Jenna Jameson, considerada a “Rainha do Pornô” e que já ganhou mais de 20 prêmios da indústria pornográfica, tem o número médio 3,291. Curiosamente, tanto Mel Blanc como Jenna Jameson estão ligados a Kevin Bacon por apenas um amigo em comum.

Vamos aplicar os exemplos de Mel e Jenna a outro mercado, como o de tecnologia. Esse é um mercado imenso, que inclui fabricantes, prestadores/operadoras de serviços, distribuidores, revendedores, seja de hardwares ou de softwares, etc. Aí temos diversas áreas, tais como Tecnologia da Informação, Telefonia Móvel ou Fixa. Supondo então que Kevin Bacon fosse um diretor de TI em um banco, Mel Blanc fosse um técnico de campo de um fabricante de centrais telefônicas e Jenna Jameson uma gerente de uma operadora de telefonia celular. É muito provável que eles estejam distantes entre si através de alguns poucos contatos. Você duvida? É só se lembrar quantas “coincidências” você já encontrou no seu mercado. Amigos em comum que você nem imaginava que eles se conheciam.

A má notícia para você é que qualquer deslize na sua carreira será de conhecimento de todos naquele mercado. Por outro lado bom, se você é um profissional competente, seus méritos também abrirão muitas portas. Exercite seu networking e esteja bem conectado aos principais profissionais do mercado!

15 de set. de 2010

Você lembra como a crise americana afetou o seu bolso aqui? Ela ainda está aí!

Hoje faz exatamente dois anos do início da maior crise econômica mundial desde a Grande Depressão nos Anos 30. Foi em uma segunda-feira, no dia 15 de setembro de 2008, que o Lehman Brothers – o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos – entrou com o maior pedido de falência da história. Esse marco desencadeou a queda da primeira peça de um dominó gigante, que continua caindo até hoje e afetando economias em todo o mundo. E como vivemos em um mundo conectado, isso também afetou o seu bolso por aqui.

Mas se engana quem pensa que essa crise começou nesse dia. Esse dominó começou a cair cerca de dois anos antes, quando a bolha imobiliária norte-americana começou a inflar. Para que você entenda como uma ação que aconteceu a milhares de quilometros daqui afeta o seu dia-a-dia, reproduzo abaixo trechos de um texto de Weslei Dourado publicado no portal Administradores na época que a crise estourou. Ele conta a estória de Paul, um cidadão-modelo americano e como ele ajudou a criar a crise.

Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Paul se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares. Vendo que imóveis não paravam de se valorizar, Paul comprou 3 casas em construção, dando metade como entrada. Com a outra metade comprou um carro novo pra ele, deu um carro para cada filho e com o resto do dinheiro equipou toda a casa com as maravilhas tecnológicas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.

Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço. O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. Então, as taxas que o Paul pagava começaram a subir e ele percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia.

As casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que Paul achava que já teria revendido as 3 casas. Mas como a oferta de casas nesse momento era maior que a procura, ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul então deixou de pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de dólares de especuladores imobiliários iguais a ele. Paul não conseguiu renegociar a dívida com os bancos e entregou as 3 casas que comprou como investimento, perdendo tudo. As casas devolvidas não tinham compradores e por isso os bancos ficaram descapitalizados.

Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Mas os bancos já haviam transformado esses empréstimos em títulos negociáveis por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos. Com a inadimplência dos Pauls esses títulos começaram a valer pó. Os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.

E em um mundo globalizado, a queda no consumo na maior economia do mundo afeta diretamente a cadeia produtiva em todos os países que dependem dela. O Brasil foi um dos países que conseguiu se recuperar mais rapidamente dos efeitos dessa crise, mas não sem deixar marcas profundas por aqui. O impacto foi sentido primeiro nos bolsos de investidores, mesmo de um simples assalariado que investia seu dinheiro na bolsa. A desconfiança se espalhou pelo mercado. Os empréstimos por aqui tmabém sumiram. O comércio desaqueceu e a indústria começou a demitir. Os calotes aumentaram.

A receita adotada pelo governo funcionou rapidamente e tem feito a máquina funcionando bem até hoje. A injeção de dinheiro na base da pirâmide fez com que as classes D e E subissem de patamar. Com isso, passaram a consumir mais. As indústrias produzem mais e por isso precisam de mais empregados. Mais pessoas pagando impostos, colocam mais dinheiro nos cofres públicos, que voltam à base da pirâmide para que eles continuem gastando. Os bancos ficam confiantes com o modelo e emprestam mais dinheiro para girar a roda ainda mais forte. Mas como todo modelo econômico, o perigo mora ao lado. Todas as partes que fazem essa roda girar estão intimamente ligadas a outras rodas ao redor do mundo. Se uma se romper, todas voltam a desacelerar ou parar completamente, impactando no seu bolso uma vez mais.

Nesse mundo conectado em que vivemos temos que estar atentos a todos os eventos, em qualquer parte do mundo, mesmo aqueles que parecem que nunca afetarão nosso dia-a-dia.

8 de set. de 2010

As pessoas da sua rede de relacionamento sabem o que você faz?

A menos que você seja um agente secreto ou um criminoso foragido, é muito importante contar para todos da sua rede de relacionamento o que você, faz, quer, precisa, procura, pensa, e assim por diante. Acredite, grandes oportunidades aparecem de onde você menos espera, sejam pessoais ou profissionais.

Uma amiga te indica para uma vaga só porque ele ficou sabendo em uma conversa rápida que você estava procurando outro emprego. Um primo comenta sobre um vizinho que está doando uns filhotes porque ele soube que você está querendo um cachorrinho para seus filhos. Um colega do trabalho soube que você está saindo de férias e te oferece milhas pela metade do preço para você viajar com a família.

Como me ensinou uma amiga – “A oportunidade é um bichinho peludo na frente e pelado atrás. Se você não o agarrar quando ele vem, não vai conseguir quando ele passar”. E esses “bichinhos” só vem na sua direção quando todos os seus contatos, pessoais e profissionais, têm pelo menos uma ideia de como podem te ajudar. Obviamente, as redes sociais são as melhores ferramentas para contar aos seus contatos o que você está pensando, precisando, etc. Não é a toa que empresas estão se organizando e utilizando fortemente essas ferramentas para atingir públicos bem qualificados.

Por mais efetivas que as ferramentas virtuais sejam, nada melhor que o contato pessoal para atualizar sua rede de relacionamento. Um bate-papo em uma festa, uma conversa ao pé do ouvido em um congresso, um almoço de negócios, uma pizza em casa – todas são ótimas ocasiões para colocar o assunto em dia. Cedo ou tarde, essas pessoas podem esbarrar justamente naquele “bichinho” que você tanto procura. E como amigos, eles o levarão até o seu encontro. Simples assim, sem esperar nada em troca!

Para você não pensar que eu sigo a filosofia do “faça o que eu digo, não o que eu faço”, gostaria de exemplificar o que fazer em dois eventos que terei nessa semana. Uma delas será a festa de aniversário de 70 anos do meu pai. O outro evento é o show da minha banda, que acontece só uma vez por ano. Justamente por isso recebe o distinto título de “O Show do Ano”. Os dois acontecimentos tem perfis bastante diferentes e por isso a melhor forma de abordagem e divulgação dos seus feitos e necessidades devem ser também distintos. Vamos aos exemplos.

A minha família é bem grande, como a de muitas pessoas. Meus parentes costumam dizer que são em festas como essas ou em velórios que toda família tem a rara oportunidade de se reunir por algumas horas. Também como em muitas famílias, temos parentes mais próximos e que vivem realidades semelhantes às nossas e temos aqueles bem distantes, que parecem viver em um outro mundo, e que por isso, nem valeria a pena se aproximar durante a festa. Lembre-se que qualquer um deles tem a mesma probabilidade de encontrar o tal “bichinho” que você procura. Portanto, manter um bom relacionamento com todos é muito importante.

Nas rodas com os parentes mais próximos, você se sente à vontade de falar da sua vida, tipo os seus planos de férias. Também fala abertamente dos desafios do seu trabalho e daquele projeto que você está trabalhando e está buscando um parceiro estratégico. Quem sabe o marido da sua prima não trabalha justamente com isso. Com aquele parente mais distante, você pode comentar como você se aproximou dos primos quando eles entraram na sua rede no Facebook. Você então pode convidá-lo a fazer parte da sua rede e terá mais chances de divulgar o que você pensa ou precisa.

Já no “Show do Ano” as possibilidades não estão no evento em si e sim no convite. Quando você convida todos os seus amigos para prestigiar um evento desse tipo, pode ter as mais diversas reações. No meu caso, aqueles que não sabiam que eu toco em uma banda, passam a me conhecer melhor e muitas vezes entram em contato para saber mais sobre esse hobby. Isso dá abertura para vocês se atualizarem.

Aqueles que sabem da banda e gostam de rock normalmente entram em contato para confirmar a presença ou ao menos para dar um apoio. São nessas ocasiões que você também tem como divulgar outros pontos interessantes. E também existem aqueles que conhecem a banda e não gostam de rock, por isso nunca irão ao show. Raramente essas pessoas vão entrar em contato. Mesmo assim, você voltou a entrar no radar, ou seja, elas lembraram que você existe. Quem sabe um deles não está buscando um profissional exatamente com o seu perfil justo no dia que recebeu o convite?

Claro que você não precisa ter uma banda de rock pode colocar isso em prática. Qualquer outro evento pode ser divulgado aos amigos, seja seu ou de alguém que você apoia. Pode ser a exposição das suas obras de arte, apresentação de dança da sua filha ou da peça de teatro que seu irmão vai atuar. Junto com a divulgação desse evento, vem a oportunidade de contar para todo mundo qual é a cara do “bichinho” que você está procurando.