28 de fev. de 2011

O que é preciso para chegar ao estrelato - ter talento ou conhecer as pessoas certas?

Pense em uma estrela de cinema, em um atleta famoso ou em um artista de sucesso. Provalvelmente você vai lembrar de pessoas de grande talento e que têm esse prestígio por ter comprovado sua competência ao longo do tempo. Entretanto, só ter talento não é o suficiente para chegar ao estrelato.

Quantas pessoas que você já viu exercendo alguma atividade com extrema competência? O talento dessas pessoas é muito evidente! Pessoas assim estão espalhadas por aí. Pode ser um moleque jogando futebol em um campo de areia na periferia, uma banda tocando em um boteco na noite, um escultor vendendo suas obras em uma feira hyppie, ou um grupo de dança se apresentando nas ruas.

Por outro lado, você percebe que a mídia está cheia de artistas com qualidades duvidosas. Seja uma novela em horário nobre com um ator canastrão, ou uma partida de futebol profissional com jogadores "pernas-de-pau". Seja uma apresentação onde a cantora desafina, ou ainda um apresentador de programa que mal sabe se expressar. O mundo está repleto de pessoas sem talento ocupando o estrelato em suas áreas.

Então você se pergunta - "porque pessoas tão talentosas não estão fazendo sucesso enquanto outras não tão boas assim estão em evidência?" A resposta está no networking ou na falta dele.
Um bom exemplo de networking trabalhando em sinergia com o talento é do jovem tenor brasileiro Jean William, grande promesa da música erudita brasileira. Criado pelos avós, uma faxineira e um boia-fria, Jean chegou até a colunista Mônica Bergamo, e dela até ao maestro e pianista João Carlos Martins.

Outro exemplo de sucesso é de Roberto Antônio dos Santos, o Betinho. Olheiro de jogadores de futebol, Betinho foi o responsável pela descoberta de dois dos principais craques da seleção brasileira na atualidade. Ele revelou Robinho e depois de sete anos fez o mesmo com Neymar, levando ambos para jogar no Santos Futebol Clube.

Também do Santos F.C. vem outro exemplo de networking, mas nesse caso, negativo. Foi graças ao maior ídolo do clube que Edinho se tornou goleiro titular do time. Edinho é filho do Rei do futebol, Pelé. Nem por isso tinha talento para ocupar essa posição. Depois de um tempo acabou desistindo da carreira e agora atua nos bastidores do clube. Casos de pais que usam de suas posições de destaque para encurtar o caminho dos seus filhos não são raros, principalmente no meio artístico, onde a concorrência é muito grande.
 
O cantor e ator Fábio Júnior emplacou logo dois - o filho Fiuk e a filha Cléo Pires, que teve com a atriz Glória Pires. Sem questionar o talento dos dois, fica claro que eles não teriam as mesmas oportunidades se não estivessem conectados com as pessoas corretas desde muito cedo. Essa também é a situação da cantora Wanessa, que recentemente abandonou o sobrenome do pai, Zezé di Camargo, para seguir uma carreira musical mais voltada ao pop.
 
Nesse mundo quem tem padrinho não morre pagão. Então, mais do que talento é fundamental conhecer as pessoas certas para chegar ao estrelato

17 de fev. de 2011

O que você ganha em compartilhar conhecimento?

Na semana passada apresentei mais uma vez a palestra gratuita “Networking Aplicado a Vendas” na Business School São Paulo. Fiquei muito contente com o interesse pelo assunto. De acordo com a BSP, instituição de ensino que organizou a palestra, mais de 170 pessoas se inscreveram para o evento. Mesmo que muitos não tenham conseguido participar, tive um enorme prazer em apresentar minha palestra para várias pessoas desconhecidas e alguns amigos.

Mas se a palestra foi gratuita e, consequentemente, eu não recebi nada para apresentá-la, o que eu ganhei em compartilhar meus conhecimentos? Muito mais do que você imagina. E acredite, muito desse benefício está relacionado ao networking.

Em primeiro lugar está a satisfação de disseminar conhecimento. Se você trabalha com educação, entende bem o que estou falando. A maioria dos professores que você já teve na vida não estavam em sala de aula apenas pelo salário e sim pela motivação, pela satisfação pessoal e profissional em se sentir útil, em transformar seus alunos em pessoas melhores com os conhecimentos transmitidos em sala.

Aliás, quando você se dispõe a dar uma aula, palestra ou curso, você se obriga a estudar ainda mais e se aprofundar sobre o tema apresentado. Mesmo sabendo muito, você sempre aprende algo novo com a interação com seus alunos. Essa troca de conhecimento é extremamente enriquecedora.

Tão importante quanto a satisfação está a oportunidade de conhecer novas pessoas. O networking em sala de aula traz resultados inimagináveis. O contato com novas pessoas expande sua rede de relacionamento em várias direções. Você tem a oportunidade de fazer novos colegas que têm os mesmos interesses que você. Pode também conhecer um profissional que atua em um mercado que você nunca esteve e com isso consegue aprender sobre novos assuntos que você não domina, além de abrir uma porta para entrar nesse segmento eventualmente.

Outro networking possível é com o meio acadêmico. Você passa a tratar de igual para igual com aqueles profissionais que você sempre admirou. Esses mestres são verdadeiros hubs de contatos. Eles possuem uma rede de relacionamento muito extensa e diversificada, seja pelo exercício da função acadêmica, seja pela longa vivência profissional. Portanto, se manter próximo a esses professores é muito interessante para encurtar espaços a outros contatos importantes para você.

Por último, mas não menos importante, compartilhar conhecimento te possibilita estar sempre em contato com seus amigos. Eles sempre terão notícias suas através de um convite para a próxima palestra ou sempre que houver uma atualização no seu blog, como o que estou fazendo nesse momento. Estar no radar de todas as pessoas da sua rede de relacionamento é vital para que você seja lembrado quando alguma oportunidade surgir. Afinal, a cultura popular nos ensina que "a planta melhor regada é aquela que está mais próxima da torneira".