12 de dez. de 2013

Por que o networking é tão importante na recolocação profissional?


Só existem três lugares onde todas as pessoas são perfeitas - no Currículo, nas redes sociais, e no epitáfio, frases escritas sobre túmulos. Você já viu alguma lápide de um homem que não tenha sido afetuoso, honesto e trabalhador? Já viu a página de uma amiga no Facebook onde ela aparece feia e maltrapilha nas fotos do perfil? E por acaso já recebeu um CV que fale dos erros, defeitos e tropeços de um profissional? Claro que as respostas são "não, não e não"!

Se coloque no lugar de um headhunter, de um profissional de RH ou de um recrutador. Você só recebe um Curriculum Vitae, que em Latim significa "Trajetória de Vida", contendo apenas com os feitos maravilhosos de um candidato. Como você saberia por esse frio pedaço de papel que está chamando o profissional mais adequado para um processo seletivo? Mesmo conversando com as referências profissionais indicadas pelo candidato, como você teria certeza que estão sendo sinceros? Afinal de contas, foi o próprio candidato quem os indicou e os preparou para falar bem dele.

Agora que você entendeu o lado do entrevistador, consegue imaginar como muitas vezes você nem chega a ser chamado para uma vaga que é "a sua cara". Infelizmente, não vivemos em um mundo cor de rosa, onde somente nossos méritos são considerados. O Educador, Filósofo e Professor Mário Sérgio Cortella, a quem devo a inspiração por esse texto, explica em suas palestras que um entrevistador deveria pedir ao candidato o seu "Curriculum Mortis", onde estejam listadas todas as falhas, erros, fraquezas e tropeços que ele eventualmente teve durante a sua vida profissional. Segundo o Professor, entendendo como essa pessoa lidou com essas frustrações é que se descobre como ela reagirá aos desafios futuros.

Então, se existe uma barreira enorme de desconfiança entre candidato e empregador, como transpor esse obstáculo? Como demonstrar credibilidade para aumentar a sua empregabilidade? A resposta passa pelo networking! Sabemos que todas as pessoas do mundo estão separadas por no máximo seis graus de distância. Se estamos falando de um segmento específico de mercado então, é certo que não existam mais que 3 passos entre o dono de uma vaga e você! Então, sua primeira tarefa é descobrir quem são essas pessoas que podem te conectar ao emprego dos seus sonhos.

Descoberto quem pode fazer essa ponte, é hora de fazer o seu networking funcionar. O mais importante é que essas pessoas estejam ativas na sua rede para que não se sintam usadas por você. A última coisa que você quer parecer nesse momento é uma pessoa interesseira. Agora, se você deixou sua rede de contatos adormecida durante todos os seus áureos anos de carreira, você colher exatamente o que plantou. Há muito o que se falar nesse sentido. Para entender melhor o que fazer nessa situação, leia o artigo "Perdeu o emprego? Será tarde para começar a trabalhar o networking?"
(http://network4sales.blogspot.com.br/2012/08/perdeu-o-emprego-sera-tarde-para_28.html)

Em resumo, a dica é para não deixar para amanhã o que era para ter sido feito anteontem. Ative imediatamente sua rede de relacionamentos para que ela possa trabalhar a seu favor quando o assunto for uma recolocação profissional. O mais importante é entender que o networking é uma via de mão dupla. Não espere ser ajudado se você nunca se prontificou a ajudar ninguém, não só quando o assunto é carreira. Para entender melhor, confira seis dicas importantes no artigo "Será que o networking pode mesmo ajudá-lo a conseguir um emprego?"
(http://network4sales.blogspot.com.br/2010/11/sera-que-o-networking-pode-mesmo-ajuda.html).

O fato é que se você conseguiu pavimentar o caminho até o novo emprego, isso só foi possível porque todas as pessoas nessa trajetória acreditam em você e no seu potencial. Essa contribuição voluntária e verdadeira é a melhor recomendação profissional que alguém pode receber. E nela, pode ter certeza, qualquer recrutador pode acreditar. Confie em você, confie no seu networking!!!

4 de out. de 2013

Quem vale a pena fazer parte do seu network?

Um dos segredos do sucesso de chefs renomados é a escolha de ingredientes que compõe um prato. Somente selecionando muito bem cada ingrediente é possível garantir que o resultado sairá conforme planejado na elaboração da receita. Já em networking isso não funciona. Um dos maiores erros que uma pessoa pode cometer é selecionar quem fará parte da sua rede de relacionamentos. 

Um erro ainda mais grave é achar que apenas os indivíduos em destaque, seja social ou profissional, são os que valem a pena fazer parte do seus círculos de amizades. No âmbito profissional, isso significa manter no seu network apenas altos executivos e empresários de sucesso. Isso pode até parecer bonito na teoria. É o mesmo que ter um álbum todo preenchido com as melhores figurinhas, ou melhor dizendo, com os maiores "figurões". Entretanto, essa coleção não traz resultados nada efetivos na prática. 

Conheço vários histórias de pessoas que contaram com a ajuda de quem elas menos esperavam nas suas maiores conquistas ou nas horas mais difíceis. Um dos exemplos aconteceu comigo mesmo. Quando eu estava nos últimos anos da faculdade, procurava uma vaga de estagiário, de preferência em uma multinacional. Mas como eu poderia conseguir uma vaga tão privilegiada, que só se encontrava nas poderosas corporações localizadas na Grande São Paulo, se eu estudava em uma faculdade que não era de primeira linha e era localizada há quilômetros de distância, em Santos? Foi aí que o networking entrou na minha vida pela primeira vez.

Um dia, comentando sobre os meus planos com a minha Tia Ana, ela se lembrou que conhecia um alto executivo que trabalhava na matriz da multinacional Siemens na Alemanha. O mais curioso é como eles se conheceram. Foi através de uma amiga em comum que jogava cartas semanalmente com ela em Peruíbe, ainda mais longe da capital paulistana. No encontro seguinte, minha tia entregou o meu CV para o executivo alemão, que o encaminhou endossado para a diretoria local. Em poucas semanas fui chamado para estagiar na subsidiária brasileira da empresa, onde fui efetivado anos depois.

Ao longo da minha vida aprendi que o valor das pessoas está no que elas representam para você e não no benefício que elas podem trazer. Gostaria de exemplificar usando alguns outros amigos. Uma grande amiga de hoje foi minha professora de inglês há quase 20 anos atrás. Outro amigo conheci como cliente em potencial. Mesmo nunca tendo fechado nenhum negócio, nosso relacionamento pessoal permanece até hoje. Outro grande amigo, com quem tive uma banda, tinha uma tapeçaria ao lado do escritório onde eu trabalhava.


Uma ex-professora? Um cliente pra quem nunca vendi? Um tapeceiro? Você pode pensar que não tem o que eles possam contribuir para o meu networking. Mas são justamente esses tipos de pessoas que me orgulho de incluir e manter ativos na minha rede de relacionamentos, porque sei que com eles posso contar sempre e poderão me ajudar mais que quaisquer "figurões"!

18 de set. de 2013

Sabia que o mundo todo é uma ilha?


Imagine que você vive em uma cidade com cerca de meio milhão de habitantes, onde quase a metade deles é nativa desse local, que foi elevado à cidade há menos de 200 anos, ou seja, está ainda nas primeiras gerações dessa população nativa. Esse grupo, nada modesto em tamanho, se concentra em regiões específicas e por isso freqüentam as mesmas instituições de ensino, clubes desportivos, restaurantes e eventos ao longo de toda uma vida. Agora imagine que esse grupo vive em uma ilha, limitando ainda mais a entrada de novos membros nesse seleto grupo.

Essa situação imaginária existe! Estamos falando de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, uma das cidades mais charmosas do Brasil. O que os milhares de turistas que visitam a "ilha da magia" não sabem é que a população nativa é composta predominantemente por funcionários públicos e comerciantes, muitos de descendência açoriana, que são os responsáveis pela origem do sotaque característico da população florianopolitana. Uma parcela crescente dos habitantes da Ilha de Santa Catarina já é de "forasteiros" que vieram de outras partes do Brasil e do mundo para tentar a sorte enquanto desfrutam de uma qualidade de vida invejável. 
 

Para a metade nativa que vive dentro dessa sociedade, a impressão que se tem é que o mundo é realmente uma ilha, onde todas as famílias se conhecem por gerações, seus integrantes interagem constantemente desde muito cedo e, como consequência, acabam se ajudando em oportunidades profissionais e pessoais ao longo da vida, fazendo com que todos prosperem. Essa é, basicamente, a mesma essência que faz com alguns judeus ocupem posições de destaque nos cenários empresarial e econômico mundial, como já exploramos aqui no Network-4-Sales. 

Essa impressão de que o mundo inteiro é uma ilha não é equivocada. Nas teorias de networking esses grupos são chamados de micro-universos. Eles podem ocorrer em qualquer outra localidade do mundo, como na minha cidade natal, Santos, no litoral paulista, que além de ser uma ilha, também possui uma elite dominante à frente dos negócios locais. Mas não são apenas nas ilhas que esse fenômeno ocorre. Os micro-universos podem se formar em qualquer grupo fechado de pessoas, seja social, cultural, organizacional, profissional, etc. A característica comum a todos esses grupos é que seus integrantes são facilmente identificados e acessados por seus iguais. 

Voltando ao micro-universo de Florianópolis, é possível afirmar que qualquer nativo está no máximo a 3 graus de separação do cidadão mais ilustre da capital catarinense, o tenista ex-número 1 do mundo, Gustavo "Guga" Kuerten. Também nesse mundo banhado pelo Atlântico tive o prazer de conhecer outro entusiasta do networking - o consultor comercial Daniel Homem da Luz, que além de ser um hub dentro da elite Catarinense, também faz parte do micro-universo de executivos de telecomunicações no Brasil. Por conta disso, estávamos separados a apenas dois graus antes de nos conhecermos pessoalmente. À propósito, agora estou à dois graus de separação do meu ídolo Guga, que está dentro da rede de relacionamento do Daniel. :-)

Podemos demonstrar como vivemos em um mundo conectado usando mais uma vez o Guga como ponto de referência. Parte da minha família vive na mesma região da ilha onde Guga tem casa. Portanto, existem grandes chances de eles terem vários amigos em comum. Em outras palavras, mesmo que você não faça parte de nenhum micro-universo, você estará conectado a qualquer outra pessoa do mundo, por mais de um caminho, no máximo a 6 graus de separação. Mas se o seu mundo for do tamanho de uma ilha, suas relações serão do tamanho do mundo!

2 de set. de 2013

Sabe como os smartphones estão reduzindo a distância entre as pessoas?


Os dispositivos móveis inteligentes, mais conhecidos como smartphones, são dotados de inúmeras funções e potencializados por um sem-fim de aplicativos. Entretanto, se pudéssemos comparar o smartphone com um animal, ele seria um pato. O pato tem asas, mas não voa como uma gaivota; tem nadadeiras, mas não nada como um pinguim; tem pernas, mas não corre como um avestruz; tem penas, mas não são bonitas como de um pavão; tem bico, mas não come como um pelicano; e a carne do seu corpo não é saborosa como a de um peru. O aparelho dito "inteligente" tem aplicativos de produtividade, mas não funcionam como um computador; tem câmera, mas não tira fotos e nem faz vídeos como as profissionais; tem músicas, mas não toca como um sistema de som; tem GPS, mas não é tão eficiente quanto um navegador; tem jogos, mas não tem os recursos de um videogame; e assim por diante.

Apesar de não ter o melhor de cada dispositivo, é o único que reúne todos esses recursos em um equipamento portátil. Por tudo isso é que os smartphones são os mais novos objetos de desejo dos consumidores de todas as classes sociais brasileiras. O Brasil já é o quarto país do mundo em número de smartphones no mundo. São 70 milhões desses aparelhos multifuncionais nas ruas. Ter um smartphone chega a ser uma questão de sobrevivência, principalmente para quem depende de mobilidade no seu trabalho. A conectividade oferecida por esse dispositivo confere aos usuários mais facilidades na rua do que dentro da empresa, onde existem limitações de uso dos computadores impostas pelas corporações.


Para ter uma ideia de como esses "aparelhinhos" reduziram a distância entre as pessoas no mundo, vamos analisar a realidade entre hoje e 50 anos atrás. Na década de 1960 as pessoas interagiam com frequência apenas com quem fazia parte do seu estreito círculo de amizades. Os amigos mais distantes só eram contatos por telefone fixo, cujas chamadas eram caras e a comunicação era precária em muitas regiões. As cartas eram, então, uma das poucas opções de contato viável com quem estava longe. Em uma semana típica, uma pessoa interagia com no máximo 100 pessoas diferentes. Vale ressaltar que naquela época o mundo era menos populoso. Tinha somente cerca de 3 bilhões de habitantes, menos da metade do que temos atualmente.

Hoje em dia, um usuário de smartphone consegue facilmente interagir pelas redes sociais com mais de 1.000 pessoas do seu network cada vez que posta uma foto pelo Instagram, que é automaticamente replicada pelo Facebook, Twitter, Flickr, Tumblr e Foursquare. Em uma semana qualquer, esse usuário consegue interagir com mais de 10.000 pessoas, ou seja, pelo menos 100 vezes mais que há 50 anos atrás. Essa conectividade faz com que a distância entre os 7 bilhões de habitantes no mundo de hoje seja cada vez menor e o networking se torna cada dia mais fácil!

A cada dia surge um novo aplicativo que estimula a interação entre pessoas através dos smartphones. Além das redes sociais, tais como Google+ e LinkedIn, que fazem com que os membros estejam constantemente em contato, existem ainda outras ferramentas que visam ampliar o alcance da sua rede de relacionamento. Através do smartphone, um blogueiro pode divulgar o seu trabalho pelo Blogger, maior provedor de serviços de blog. Pelo smartphone um usuário pode ainda postar um vídeo no YouTube e alcançar milhões de outras pessoas. Outro aplicativo popular nos smartphones é o Waze, rede social onde os participantes colaboram entre si para passar dicas de trânsito. Essa interação permite que você conheça pessoas novas que estejam no seu caminho, conversando com elas pelo próprio aplicativo no aparelho.

Esses dispositivos são tão inteligentes, mas tão inteligentes, que funcionam até como telefone. Aliás, se não estivesse no nome do aparelho, era capaz dos usuários de smartphone se esquecerem disso. 

19 de ago. de 2013

Sabia que um network sem atividade é o mesmo que uma rede elétrica sem energia?


Imagina que você acabou de construir uma casa e nela instalou uma rede elétrica com centenas de metros de fios e cabos para levar energia para inúmeras lâmpadas e equipamentos ligados nas tomadas. Esses fios passam por diversas caixas, que podem ser de distribuição ou apenas caixas de passagem. Nesse caminho também estão os disjuntores e os interruptores. Depois de tudo instalado, você descobre que a Distribuidora de Energia não ligou o circuito da sua nova casa no poste. É muito frustrante, não é? De que serve um sistema elétrico novinho em folha, todo interligado, pronto para funcionar, se não existe nada passando por ele?

Com o networking ocorre a mesma coisa. Cada indivíduo na sua rede de relacionamentos funciona como um dos componentes de um sistema elétrico. Seus amigos e colegas são as tomadas e os soquetes das lâmpadas. Aqueles que te ajudam a se conectar com novas pessoas são as caixas de passagem. As caixas de distribuição são aqueles amigos que  te apresentam a muitas pessoas interessantes. Em networking, chamamos essas pessoas de hub (ver artigo http://network4sales.blogspot.com.br/2011/03/voce-sabe-reconhecer-um-hub-e-por-que.html). Os interruptores e disjuntores são aquelas pessoas que podem ajudá-lo quando estão ligados, ou seja, estimulados. Por outro lado, você não pode contar com elas quando estão desligadas, ou seja, quando essas pessoas não se lembram que você existe.
   

E é justamente para que essa rede funcione perfeitamente que existe a metodologia M.E.E.T., criada pelo Network-4-Sales. Para que fique mais claro, vamos recapitular as três primeiras etapas da nossa metodologia e compará-las a implementação de um projeto de uma rede elétrica:
1) Mapear sua rede primária = Fazer o projeto elétrico da casa
2) Encontrar seus contatos = Passar todos os fios pelos dutos e caixas
3) Expandir sua rede de relacionamentos = Instalar as tomadas e soquetes das lâmpadas

Para que você tire o melhor proveito do seu networking, é muito importante que essa metodologia seja seguida passo-a-passo, sem pular e nem inverter nenhuma etapa. Não tente instalar um rede elétrica sem um projeto, pois tem grandes chances de não funcionar! Só depois de todas as etapas cumpridas que você pode ligar a rede no poste, ou seja, você pode partir para a quarta etapa da metodologia M.E.E.T. - Trabalhar o Networking!

Um dos erros mais comuns em networking, é partir diretamente do passo 4 sem ter construído uma base sólida para se relacionar com os seus contatos. A maioria dos profissionais que dependem de relacionamento, como por exemplo os executivos de vendas, tem sua receita "caseira" para se manter em contato com sua rede. Esses profissionais cometem o erro clássico de colecionar contatos, mantendo-os em uma rede social qualquer como se fosse um álbum de figurinhas.

Outra prática pouco efetiva em networking é tratar todos da sua rede da mesma forma, transmitindo a mesma mensagem à todos. Está mais que comprovado que uma fórmula não funciona para todas as pessoas da mesma forma e por isso não trás o mesmo resultado. Um dos motivos para tal ineficiência é que seu network é formado por pequenos grupos, cada qual com uma percepção diferente sobre você e esperam algo distinto de você.

Esse equívoco leva a outro muito comum. Quem já falou o que não devia nas redes sociais e depois se arrependeu, tende a desaparecer desse mundo virtual. Ficar ausente, invisível aos olhos dos seus amigos e colegas é muito pior. Como sempre falamos aqui, quem não é visto não é lembrado! Existem diversas formas de você estar presente na mente dos seus contatos sem se expor demais e passando uma imagem verdadeira sobre quem é você. Essas dicas vamos ver no próximo post do Network-4-Sales. Fique ligado! Essa energia não pode faltar na sua rede!