Os dispositivos móveis
inteligentes, mais conhecidos como smartphones, são dotados de inúmeras funções
e potencializados por um sem-fim de aplicativos. Entretanto, se pudéssemos
comparar o smartphone com um animal, ele seria um pato. O pato tem asas, mas
não voa como uma gaivota; tem nadadeiras, mas não nada como um pinguim; tem
pernas, mas não corre como um avestruz; tem penas, mas não são bonitas como de
um pavão; tem bico, mas não come como um pelicano; e a carne do seu corpo não é
saborosa como a de um peru. O aparelho dito "inteligente" tem
aplicativos de produtividade, mas não funcionam como um computador; tem câmera,
mas não tira fotos e nem faz vídeos como as profissionais; tem músicas, mas não
toca como um sistema de som; tem GPS, mas não é tão eficiente quanto um
navegador; tem jogos, mas não tem os recursos de um videogame; e assim por
diante.
Apesar de não ter o
melhor de cada dispositivo, é o único que reúne todos esses recursos em um
equipamento portátil. Por tudo isso é que os smartphones são os mais novos
objetos de desejo dos consumidores de todas as classes sociais brasileiras. O
Brasil já é o quarto país do mundo em número de smartphones no mundo. São 70
milhões desses aparelhos multifuncionais nas ruas. Ter um smartphone chega a
ser uma questão de sobrevivência, principalmente para quem depende de
mobilidade no seu trabalho. A conectividade oferecida por esse dispositivo
confere aos usuários mais facilidades na rua do que dentro da empresa, onde
existem limitações de uso dos computadores impostas pelas corporações.
Para ter uma ideia de
como esses "aparelhinhos" reduziram a distância entre as pessoas no
mundo, vamos analisar a realidade entre hoje e 50 anos atrás. Na década de 1960
as pessoas interagiam com frequência apenas com quem fazia parte do seu
estreito círculo de amizades. Os amigos mais distantes só eram contatos por
telefone fixo, cujas chamadas eram caras e a comunicação era precária em muitas
regiões. As cartas eram, então, uma das poucas opções de contato viável com
quem estava longe. Em uma semana típica, uma pessoa interagia com no máximo 100
pessoas diferentes. Vale ressaltar que naquela época o mundo era menos
populoso. Tinha somente cerca de 3 bilhões de habitantes, menos da metade do
que temos atualmente.
Hoje em dia, um
usuário de smartphone consegue facilmente interagir pelas redes sociais com
mais de 1.000 pessoas do seu network cada vez que posta uma foto pelo
Instagram, que é automaticamente replicada pelo Facebook, Twitter, Flickr,
Tumblr e Foursquare. Em uma semana qualquer, esse usuário consegue interagir
com mais de 10.000 pessoas, ou seja, pelo menos 100 vezes mais que há 50 anos
atrás. Essa conectividade faz com que a distância entre os 7 bilhões de
habitantes no mundo de hoje seja cada vez menor e o networking se torna cada
dia mais fácil!
A cada dia surge um
novo aplicativo que estimula a interação entre pessoas através dos smartphones.
Além das redes sociais, tais como Google+ e LinkedIn, que fazem com que os
membros estejam constantemente em contato, existem ainda outras ferramentas que
visam ampliar o alcance da sua rede de relacionamento. Através do smartphone,
um blogueiro pode divulgar o seu trabalho pelo Blogger, maior provedor de
serviços de blog. Pelo smartphone um usuário pode ainda postar um vídeo no
YouTube e alcançar milhões de outras pessoas. Outro aplicativo popular nos
smartphones é o Waze, rede social onde os participantes colaboram entre si para
passar dicas de trânsito. Essa interação permite que você conheça pessoas novas
que estejam no seu caminho, conversando com elas pelo próprio aplicativo no aparelho.
Esses dispositivos são
tão inteligentes, mas tão inteligentes, que funcionam até como telefone. Aliás,
se não estivesse no nome do aparelho, era capaz dos usuários de smartphone se
esquecerem disso.
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