13 de dez. de 2010

Você sabe como exercitar seu networking nas festas de confraternização?

Finalmente o ano está terminando! O fôlego está quase no final e todos precisam de uma pausa para recuperar as energias e encarar mais um ano cheio de desafios. Mas antes do merecido descanso você tem ainda que encarar aquela sequência de festas de confraternização – seja um almoço com clientes, um happy-hour com os colegas da faculdade, amigo secreto com a galera da empresa, entre outras tantas celebrações de final de ano.

Para muitas pessoas, o mês de Dezembro é sinômino de festa. Mas, na realidade, esse mês deveria ser sinônimo de networking! Afinal de contas, o que todas essas festas têm em comum é a oportunidade que você tem de exercitar seu networking. São nesses eventos que você tem a chance de dar um upgrade na sua rede de relacionamentos. Mas antes que você saia atirando para todos os lados, saiba como aproveitar melhor cada tipo de celebração:
  • Almoço: se você for o organizador do evento, saiba escolher o local. Evite ao máximo churrascaria rodízio. Quem já teve essa experiência, sabe que aquele papo interessante é interrompido a cada 15 segundos pelo garçon. Prefira organizar eventos com poucas pessoas e em restaurantes com boa infra-estrutura. A combinação inversa é desastrosa! Em uma ocasião, eu e cerca de 30 colegas de trabalho fomos ao restaurante mais requintado de uma cidadezinha no interior. O problema é que esse estabelecimento nunca tinha atendido um grupo tão grande. Enquanto alguns colegas ainda estavam comendo a entrada (croquete frito por fora e congelado por dentro), outros já estavam na sobremesa. Se isso acontecesse em um almoço com clientes, sua chance de fazer um bom networking seria nula. Outra situação desfavorável é acomodar o grupo em um mesa quilométrica. O encontro acaba virando um sem-fim de conversas paralelas entre grupos que já se conhecem bem. Ou seja, o objetivo de promover uma festa de integração vai por água abaixo. Sem falar nas brigas ao final do almoço para dividir a conta. Se o grupo for grande, prefira uma festa de confraternização.

  • Happy-hour: é a melhor alternativa para encontros informais de grupos pequenos. Excelente para rever amigos(as) de longa data. O melhor é que você mesmo pode organizar quantos e quando quiser. Que tal marcar um com os amigos do inglês, outro com o pessoal da academia, mais um com a galera do clube e mais outro com a turma que se formou contigo no colégio? É garantia de bom divertimento. Ao contrário, evite marcar um happy-hour com seu chefe ou com aquelas pessoas que você não suporta. Esses eventos são regados de bebidas alcoólicas e, por isso, o final do encontro não é tão feliz quanto sugere o nome. Também evite marcar um happy-hour com clientes. O ambiente normalmente é barulhento e ficar gritando com seu cliente não é uma boa prática. Além do que, falar de trabalho em lugares tão cheios nunca é recomendado. Nesse caso, prefira um evento privado.

  • Amigo secreto: também conhecido como amigo oculto, esse tipo de evento ganhou variações ao longo do tempo. No inimigo secreto, por exemplo, o sorteado recebe um presente depreciativo. Se o seu objetivo é fazer networking, fuja desses encontros. O mais provável é que você presencie um festival de “queimação de filme”. Em contra-partida, as festas de amigo secreto bem organizadas são ótimas para se aproximar daqueles colegas que você não teve muito contato durante o ano. Não fique apenas com aquele grupinho de sempre. Aproveite para conhecer novas pessoas e falar de qualquer assunto que não seja trabalho.

  • Evento privado: é muito comum em grandes empresas para reunir clientes especiais. Pode ser um jantar na casa de um executivo, uma degustação de vinhos, ou um curso de culinária em um espaço gourmet. Esses eventos tem o networking como objetivo principal e nem por isso são enfadonhos. Não é uma boa ideia promover eventos privados relacionados a esportes. Uma “pelada” contra o time do seu cliente pode machucar muito mais os relacionamentos do que as canelas dos adversários.

  • Festa de confraternização: também é comum em grandes empresas. Esse tipo de evento é uma verdadeira bomba-relógio, pois coloca no mesmo local pessoas de diversos níveis organizacionais da empresa e com culturas muito distintas. Essa mistura é potencializada com muita comida, bebida, esporte e lazer. O que começa como uma festa civilizada, com conversas agradáveis e muita diversão, termina inevitavelmente em baixaria. Se você quiser exercitar seu networking nesses encontros, chegue cedo e procure conversar preferencialmente com as pessoas com quem você não tem contato no dia-a-dia. É muito legal jogar tênis de mesa com a diretora de RH ou bater uma bola com o supervisor da produção. Essas atividades derrubam barreiras invisíveis e te ajudarão muito profissionalmente.
Independente da festa que você vai participar, tão importante quanto saber o que fazer é saber quando sair. Como ensinou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: “Em indivíduos, a insanidade é rara; mas em grupos, ela é a regra”. Então, saia enquanto a celebração não se transforma em papelão!

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