Parabéns!
Você está um dia mais perto do fim do seu emprego. Não estou falando que você ficará desempregado
e precisará se recolocar em uma nova empresa. A realidade é mais dura do que
isso! O emprego vai acabar... e não estamos muito longe desse dia! O
trabalhador com carteira assinada será uma raridade em muitos lugares do mundo.
Mas
não há motivo para pânico! Quer dizer, você pode sim se desesperar se não
estiver preparado para colaborar! Caso ainda não tenha percebido, já estamos
vivendo a “Era da Colaboração”!
Se
você não percebeu isso ainda, pode estar se tornando um profissional obsoleto.
Pergunte para alguns adolescentes quantos sonham em construir carreira
promissora em uma corporação. Você vai se surpreender ao saber que os sonhos
desses jovens não foram inspirados no carreirismo dos seus pais. Pelo contrário,
pais que sempre reclamaram da vida corporativa e nunca estavam em casa são as
maiores inspirações para que os filhos não sigam os seus passos.
Essas
“crianças” que acabaram de sair das suas fraldas, entretanto, já aprenderam de
forma intuitiva que elas podem fazer o que quiserem, quando quiserem, com quem quiserem...
em qualquer parte do mundo. Isso se chama colaboração!
A
colaboração acadêmica existe há centenas de anos. Cientistas e pesquisadores
compartilhavam suas experiências e estudos através do globo muito antes da
invenção da telecomunicação. A internet, aliás, foi criada principalmente para
a interação acadêmica entre universidades e centros de pesquisa em todo o
mundo.
Para
as pessoas que já nasceram na era digital, porém, a internet é muito mais que
uma rede mundial de computadores. Ela é um meio de estreitar relacionamentos entre
pessoas que talvez jamais se encontrem face a face na vida, mas que podem,
surpreendentemente, desenvolver alguma ação revolucionária em conjunto.
Você
que ainda não entendeu como isso pode ocorrer, vou usar um exemplo prático. Na
semana passada, aconteceu em São Paulo a nona edição da Campus Party Brasil
2016, ou simplesmente #cpbr9 para os “íntimos”. Você certamente viu algo na
mídia sobre essa “feira geek”, como a imprensa gosta de rotular. Tem ainda quem
a chame de “o maior encontro de tecnologia do País”. Isso é um pouco melhor,
mas ainda longe do que realmente acontece nesses encontros.
A
Campus Party, que já acontece em oito países, é na realidade um encontro
colaborativo. A tecnologia é apenas o pano de fundo, já que é através das telas
dos seus computadores turbinados e dispositivos móveis repletos de aplicativos que
a maioria das interações acontece. Mas a internet de altíssima velocidade de 40
GB/s serve, de fato, para aproximar mentes brilhantes de várias partes do
mundo. Mais de 400 mil participantes, chamados de Campuseros, acompanham esse
evento pelas redes sociais. Alguns deles, vindos de 17 países e de todos os
Estados brasileiros, literalmente acamparam por seis dias no Centro de
Exposições do Anhembi e lá marcaram para se encontrar pessoalmente com as
pessoas que elas vêm colaborando à distância durante todo o ano.
Esse
encontro contou com a participação de 12 mil inscritos e mais de 80 mil
visitantes de várias partes do planeta. Além disso, 2,5 milhões de fãs
acompanharam o evento por streaming, ou seja, vídeo em tempo real pela
internet. O interesse de tanta gente tem uma razão. É nessa “festa geek” que todas
as peças de um negócio promissor podem se juntar em um mesmo tabuleiro. Nesse
jogo, por exemplo, uma estudante secundarista de Pecém/CE apresenta sua ideia
inovadora para um programador de Blumenau/SC que se junta com um empreendedor
de Niterói/RJ e consegue o aporte de capital de um fundo de investidores (crowd
funding) de várias partes do mundo. Esse time inusitado e com capacidade
complementares colaboram entre si e pode ser responsável pela próxima revolução
social mundial.
Note
que nenhuma das peças desse jogo tem um emprego ou está em busca de um. Muito
provavelmente jamais terão e nem sentirão falta de um carimbo na Carteira. O
trabalho que essas pessoas desenvolverão ao longo de sua vida profissional terá
como objetivo principal transformar para melhor o mundo onde vivemos. Ganhar
dinheiro com isso é consequência e mérito pela execução brilhante de toda a
equipe.
Esses
jovens sabem lidar muito melhor que você com os erros, perdas e frustrações.
Das centenas de ideias que eles possam ter na vida, apenas uma dezena sairá do
papel porque encontraram uma equipe multifuncional adequada, mas pouquíssimas
se tornarão um negócio. Mesmo assim, eles continuarão sonhando, buscando novas
parcerias, testando novos modelos e empreendendo por muitos e muitos anos.
O
fato é que as empresas já perceberam que manter funcionários no seu quadro é
caro, complicado e pouco estimula a criatividade e competitividade dos seus
empreendimentos. Aos poucos elas começam a dispensar seus dinossauros de 30
anos de idade e contratando grupos de jovens com competências complementares,
que são remunerados por entrega. O resultado é um produto ou serviço de ponta,
com alta qualidade, prazo de entrega curto e baixo custo. Então, não precisa
ser um gênio para saber que essas corporações renovarão seus estoques de
pessoas muito em breve.
E
você, está preparado para viver sem um emprego? Sabe como se adaptar a “Era da
Colaboração”? O primeiro passo é saber
trabalhar seu networking! É a sua rede de contatos o ponto de partida para você
entrar nesse jogo. Aprenda a colaborar e jamais tenha que procurar um emprego
novamente na sua vida!
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