29 de jan. de 2019

Nascemos de novo quando enxergamos os outros como nosso próximo!

Sou um grande admirador do Papa Francisco, o primeiro pontífice latino-americano e único não-europeu a ocupar o posto máximo da Igreja Católica em mais de 1200 anos.
Nesse mês de Janeiro, em visita ao Panamá, o Papa fez um discurso emblemático! O Papa cita a parábola do "Bom Samaritano" para  enfatizar que começamos a nascer de novo, quando o Espírito Santo nos dá olhos para ver os outros não apenas como nossos vizinhos, mas como nosso próximo!
Para Francisco no Muro das Lamentações com um rabino e um imame
Papa Francisco, no Muro das Lamentações, se encontra com um rabino e um imame 









O Evangelho refere que uma vez perguntaram a Jesus: «Quem é meu próximo?» (Lc 10, 29). Não respondeu com teorias, nem fez um discurso lindo e elevado, mas usou uma parábola – a do Bom Samaritano – um exemplo concreto de vida real que todos vós conheceis e viveis muito bem. O próximo é sobretudo um rosto que encontramos ao longo do caminho e pelo qual nos deixamos mover e comover: mover dos nossos planos e prioridades e comover intimamente por aquilo que vive aquela pessoa, para lhe dar lugar e espaço na nossa caminhada. Assim o entendeu o bom Samaritano à vista daquele homem que fora deixado meio morto, na beira da estrada, não só por alguns bandidos, mas também pela indiferença de um sacerdote e um levita que não tiveram a coragem de ajudar; pois a indiferença também fere e mata! Uns por umas míseras moedas, outros pelo medo de se contaminar, por desprezo ou aversão social não tiveram dificuldade em deixar aquele homem caído na estrada. O bom Samaritano, como todas as vossas casas, mostram-nos que o próximo é, antes de tudo, uma pessoa, alguém com um rosto concreto e real, e não qualquer coisa a deixar para trás ou ignorar, seja qual for a sua situação. É um rosto que revela a nossa humanidade tantas vezes atribulada e ignorada.
Assim é na nossa vida cotidiana! Usamos como desculpa a falta de tempo ou qualquer outro compromisso para ignorar o pedido de ajuda dos outros. Não temos a capacidade de nos colocar no lugar de quem precisa de nós. Em tempos que se fala tanto de inteligência emocional, a empatia está cada vez mais rara nos seres humanos!
Lembremos do Bom Samaritano e vamos colocar em prática, tanto em nossos relacionamentos pessoais como profissionais, a nossa capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas e nossa habilidade de experimentar reações emocionais através da observação da experiência alheia.

Confira o texto na íntegra do discurso do Papa Francisco na Casa-família "O Bom Samaritano" no site do Vaticano:

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